Rio

Estudantes denunciam pichações nazistas dentro da UFRJ

No mês passado, outro caso de apologia ao nazismo mobilizou a comunidade acadêmica
Número 88 representa uma saudação nazista Foto: Reprodução / Facebook
Número 88 representa uma saudação nazista Foto: Reprodução / Facebook

RIO - Estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro denunciaram, na noite desta segunda-feira, pichações com o número 88 — que representa a saudação nazista "Heil Hitler" (H é a 8ª letra do alfabeto, 88 seria HH ou "Heil Hitler") —  em um dos banheiros masculinos do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e no Centro Acadêmico de Filosofia e Ciências Sociais, no Centro do Rio. Também foram feitas ameaças a estudantes indígenas. "Volte para aldeia ou tomaremos providências", dizia a mensagem.

Pichação ameaça estudantes indígenas: "Volte para aldeia ou tomaremos providências" Foto: Reprodução / Facebook
Pichação ameaça estudantes indígenas: "Volte para aldeia ou tomaremos providências" Foto: Reprodução / Facebook

As imagens foram publicadas na página Ocupa IFCS, no Facebook. Os alunos pedem providências e disseram que vão encaminhar a denúncia à Ouvidoria da UFRJ e à Defensoria Pública.

"A UFRJ deve tomar alguma atitude frente a isso e tudo que estiver ao nosso alcance será feito. Pedimos para que compartilhem. Será feita denúncia na ouvidoria da UFRJ e na defensoria pública", diz a postagem.

No mês passado, o Diretório Central Estudantil (DCE) da universidade denunciou a exposição de um quadro nazista, em que uma mulher negra era retratada, entre suásticas, com sinais de mutilação, na sede do DCE, no campus da Praia Vermelha, na Urca, na Zona Sul do Rio. Na época, a reitoria da UFRJ informou que iria abrir procedimento interno para apurar o caso e acionar as polícias Federal e Civil.

"Trata-se de uma ação isolada, de ultradireita, que se manifesta de forma apócrifa justamente por não encontrar qualquer respaldo no corpo social da Universidade. Convocamos a comunidade universitária a não tolerar manifestações do tipo, formalizando imediatamente denúncias à Ouvidoria Geral (ouvidoria@ouvidoria.ufrj.br) e comunicando casos de violência de qualquer tipo à campanha permanente Não se Cale, no e-mail contato@naosecale.ufrj.br", comunicou em nota.