Política
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Por Raphael Di Cunto, Mariana Ribeiro e Marcelo Ribeiro, Valor — Brasília


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), parabenizou o presidente Jair Bolsonaro no ato simbólico de entrega da reforma administrativa no Congresso e afirmou que espera votar a proposta pelo menos na Câmara até o fim do ano, mas que a real prioridade até dezembro deve ser regulamentar os gatilhos do Teto de Gastos para abrir espaço para o programa de renda mínima.

"Temos certeza que nosso tempo é curto, principalmente para a PEC emergencial, para que na hora que o Congresso for aprovar o Orçamento possamos ter espaço pra renda emergencial. Vamos trabalhar para que seja promulgada ainda este ano, porque será fundamental para milhões de brasileiros", disse.

Para Maia, a proposta de reforma administrativa "vai no ponto correto, olhando o futuro do serviço público brasileiro para oferecer um bom serviço ao cidadão".

Ele também elogiou os ministros da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira - que representou Bolsonaro no ato desta quinta-feira - pelo "bom diálogo" e "relação transparente" que permitiu votar rapidamente projetos como a Lei do Gás e a nova Lei de Recuperação Judicial e Falências.

Esse diálogo, afirmou, dará condição ao Congresso de "cumprir um grande desafio" e votar as reformas tributárias e a administrativa e o pacto federativo até o fim do ano.

Oliveira disse que a reforma possibilitará ao Estado brasileiro “avançar nos próximos anos e prestar melhor serviço à população”.

Ele destacou que, assim como na reforma da Previdência, as propostas serão analisadas no tempo do Congresso e que deputados e senadores poderão aperfeiçoar a medida. “A PEC transfere legitimamente ao Parlamento brasileiro a possibilidade de aperfeiçoar" o texto, afirmou.

O ministro reforçou que o PEC preserva os direitos dos atuais servidores e propõe mudanças que possibilitem a criação de um Estado mais “moderno e enxuto”, capaz de fazer frente “a demandas sazonais sem gerar impacto previdenciário”.

Atrito com Guedes

Mais tarde, Maia deixou claro seu desconforto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e disse que passará a negociar apenas com Ramos, da Secretaria de Governo. Ele afirmou que as propostas de interesse do governo têm avançado por conta da articulação política de Ramos e disse que o ministro “tem sido peça fundamental”.

Em entrevista à CNN, o presidente da Câmara afirmou que a reforma tributária está “muito bem, organizada” e defendeu a manutenção do Teto de Gastos. “Se não regulamentarmos rápido o Teto de Gastos, a garantia dessa política pode estar ameaçada”, disse. “O governo não fez previsão desse tema no Orçamento de 2021. Se não organizarmos direito o teto de gastos, a pressão vai ser muito grande por um furinho no teto”, afirmou o parlamentar. “Se abrirmos uma brecha para desrespeitar essa despesa, vamos dar sinal ruim e podemos abrir 2021 com dificuldades.”

Maia criticou também a possibilidade de o governo federal criar um novo imposto e disse que a “sociedade não tem condições de pagar mais tributos”. “Será um erro histórico”.

Ao voltar a falar sobre a reforma administrativa, Maia disse que os servidores da ativa não foram incluídos porque isso poderia gerar contestações na Justiça.

Com Cristiane Agostine, de São Paulo

Rodrigo Maia — Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia — Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

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