Por G1


Garrafas da Primeira Guerra foram encontradas a 77 metros de profundidade. — Foto: Ocean X

Uma equipe de caçadores de tesouros da Suécia conseguiu recuperar, no final de outubro, uma encomenda de 600 garrafas de conhaque e 300 de licor que datam da Primeira Guerra Mundial. As garrafas foram retiradas de 77 metros de profundidade em águas internacionais entre a Suécia e a Finlândia.

As bebidas tinham sido enviadas pela França a Petrogrado (hoje, São Petersburgo), no então império russo, e deveriam ter chegado à cidade em dezembro de 1916. A encomenda foi mandada através do território sueco, que ficou neutro durante a guerra. (França e Rússia eram aliadas, na Tríplice Entente).

Bebidas, achadas a 77 metros de profundidade, eram destinadas ao então império russo. — Foto: G1

Mas, por causa da quantidade de gelo no Mar de Bótnia - que separa a Suécia da Finlândia -, o transporte acabou sendo adiado até maio de 1917.

Foi então que o navio a vapor que levava as bebidas teve um destino dramático: foi parado e revistado por um submarino alemão, que decidiu afundá-lo porque parte da carga foi considerada contrabando. (A tripulação do navio foi transferida para um navio próximo, e todos chegaram com segurança à Suécia).

Barco que levava as garrafas. — Foto: Ocean X

Segundo a equipe "Ocean X", que conseguiu recuperar a encomenda e é especializada em encontrar artefatos históricos no fundo do mar, a missão de trazer as garrafas à tona durou 20 anos. Ao longo das décadas, os destroços do navio foram bastante danificados por redes e pranchas de pesca.

Desde 1999, quando a carga foi descoberta, as redes foram retiradas dos destroços para permitir que mergulhadores e veículos subaquáticos não tripulados acessassem os destroços. No dia 22 de outubro, a embarcação de resgate finalmente chegou à Suécia com a encomenda.

E dá pra beber?

A missão de trazer as garrafas à tona durou 20 anos. Na foto, Peter Lindberg, da Ocean X, segura uma delas. — Foto: Ocean X

"Ainda não sabemos se é potável. Percebemos uma fração de cheiro das garrafas de [licor] 'Benedictine', e o cheiro é doce e de ervas", disse um dos caçadores, Peter Lindberg, à rede de televisão americana CNN.

Peter disse à CNN que a "Ocean X" está pesquisando o conhaque, da marca “De Haartman & Co”, e conversando com a Bacardi - atual proprietária das marcas - sobre quanto deve valer a carga.

Garrafa de licor 'Benedictine'. — Foto: Ocean X

"Não conseguimos sentir nenhum cheiro nas garrafas de conhaque, mas isso pode estar ok, já que não deveria cheirar através de uma rolha", comentou. "É de uma marca muito desconhecida, e não sabemos agora como isso afetará o valor. Certamente não queremos abrir uma garrafa se o valor for [de] dezenas de milhares de dólares. Estamos tentando encontrar informações, mas não é fácil".

Garrafa de conhaque 'De Haartman & Co'. — Foto: Ocean X

A equipe também não sabe quantas garrafas ainda têm seus selos intactos, mas algumas tiveram as rolhas empurradas para dentro. "As que ainda têm rolhas no lugar devem estar boas, pois ainda há ar entre o nível do líquido e a rolha", disse Lindberg.

A "Ocean X" lembrou, em seu site, que a descoberta não é apenas de conhaque e licor raros, mas também de uma parte da história da antiga Rússia imperial.

Uma das garrafas encontradas pela Ocean X. — Foto: Ocean X

"Não podemos ter certeza de que essas garrafas eram para o próprio czar [imperador russo], mas para a nobreza ao seu redor, [eram] com certeza", disse Lindberg.

Mergulhadores também encontraram um coldre e o que restava de uma pistola Luger no navio sueco afundado.

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