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Favelização na Favela dos Trapicheiros e no Morro da Formiga preocupa moradores da Tijuca

Queimadas e ocupações irregulares em encostas de morros chamam a atenção
Denúncia. Mato queimado e construções irregulares em encosta no Morro da Formiga Foto: Eduardo Naddar / Eduardo Naddar
Denúncia. Mato queimado e construções irregulares em encosta no Morro da Formiga Foto: Eduardo Naddar / Eduardo Naddar

RIO — Problemas crônicos da história da região da Tijuca, a favelização e a construção desordenada nas encostas dos morros voltam a chamar a atenção de alguns moradores do bairro. Eles denunciam novos casos de edificações irregulares e de queimadas da Mata Atlântica na Favela dos Trapicheiros e no Morro da Formiga.

O aposentado Roberto Moreira afirma que, de dez anos para cá, a Favela dos Trapicheiros, um apêndice do Morro do Salgueiro, dobrou de tamanho.

— Da varanda da minha casa, observo o crescimento desordenado de mais uma favela na Tijuca. Todos os ano ocorrem novas queimadas e mais construções. Isso é crime ambiental e não vejo as autoridades fazendo absolutamente nada para evitar — reclama Moreira.

Próximo dali, no Morro da Formiga, moradores da Associação do Alto Uruguai monitoram as construções irregulares nas encostas do morro, repassando as informações à prefeitura.

— Já denunciamos diversas vezes. Em alguns casos, a prefeitura conseguiu derrubar as construções. Em maio, houve uma nova queimada e, em três dias, levantaram um barraco. Está lá até hoje. As queimadas são constantes. Não queremos uma nova favela na Tijuca de frente para a nossa varanda — diz um morador da associação que não quis se identificar.

Em nota, a subprefeitura da Grande Tijuca informa que realiza, semanalmente, vistorias na Comunidade dos Trapicheiros e que, até o momento, não foi constatado crescimento algum. Em relação ao Morro da Formiga, a subprefeitura ficou de checar a denúncia.