• Pedro Carvalho
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Marcos Leta, fundador da Do Bem e da Fazenda Futuro (Foto: Divulgação)

Marcos Leta, fundador da Do Bem e da Fazenda Futuro (Foto: Divulgação)

No mês passado, os clientes da Lanchonete da Cidade, em São Paulo, e da T.T. Burger, no Rio de Janeiro, se depararam com um novo item no cardápio. O Futuro Burger tem o gosto, a aparência e a textura de um lanche feito com carne.

O sanduíche pode ser servido ao ponto, inclusive. O blend, que leva ingredientes como ervilha, soja, grão-de-bico e beterraba é o produto de estreia da Fazenda Futuro, startup carioca que tenta seguir os passos de unicórnios como as americanas Beyond Meat e Impossible Foods.

Criada por Marcos Leta, 37 anos, um dos fundadores da marca de sucos Do Bem — vendida para a Ambev em 2016 —, a empresa foca tanto no público estritamente vegano como nos consumidores de perfil mais tradicional. 

“Não estamos entrando para competir com marcas de produtos veganos. Queremos concorrer com frigoríficos e vender para carnívoros também”, afirma Leta. 

Além da presença nas lanchonetes, os hambúrgueres serão distribuídos em varejistas, como Pão de Açúcar e St. Marche. A embalagem com duas unidades congeladas tem o preço sugerido de aproximadamente R$ 17.

++ Como abrir uma hamburgueria vegana

Para chegar à receita final, o empresário precisou visitar grandes frigoríficos nacionais e estrangeiros. “Estudei os processos usados pela indústria da carne para que a nossa versão vegetal tivesse a textura ideal”, afirma. 

Em fase pré-operacional, a Fazenda Futuro reúne uma equipe de 30 funcionários. A fábrica tem a capacidade de produzir 150 toneladas de "carne vegana" por mês. O plano de expansão ainda inclui parcerias com redes de alimentação: uma almôndega vegana deverá integrar o cardápio do Spoleto até o final do segundo semestre. A expectativa é levar a marca a todo o país nos próximos três anos.

Olhar antenado
O veganismo é um movimento global. observar modelos de negócio e tendências consolidadas em outros países pode revelar oportunidades pouco exploradas no mercado brasileiro.

A importação de formatos internacionais, no entanto, deve levar em conta a realidade e os hábitos de consumidores locais.