Por G1 Tocantins


Carterinha irá garantir prioridade e inclusão em serviços para pessoas com Autismo

Carterinha irá garantir prioridade e inclusão em serviços para pessoas com Autismo

Mães de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo convivem com diversas dificuldades no acesso a serviços simples no Tocantins. Há relatos de falta de inclusão nas salas de aula e problemas em filas. Uma lei que prevê a criação da Carteirinha Nacional de Identificação do autista, que vai garantir prioridade no atendimento das pessoas que sofrem com transtorno, já está valendo. (Veja o vídeo)

A autônoma Naiele Souza Conta que a filha de 7 anos foi diagnosticada com autismo aos 4. A criança vai estudar o 2º ano em uma escola pública de Palmas e a mãe está preocupada. "Eu sei que a minha filha não vai acompanhar os outros alunos. Eu tenho essa mentalidade e eu aceito ela. Por isso eu tenho que colocar o material mais adaptado para ela", disse a mãe.

Com uma lei sancionada no dia 8 de janeiro, os autistas poderão emitir uma carteirinha os pais vão ter que pode melhorar o atendimento de quem tem autismo em locais públicos e privados. Com o auxílio, questões de saúde, educação e assistência social e outras podem ser resolvidas com mais facilidade. Além disso, a carteira vai evitar constrangimentos em filas.

A previsão para a implantação da carteira é 1º de março deste ano e a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins conta que o Instituto de Identificação já se prepara para a adequação.

Naiele espera que haja avanço na luta pela inclusão. "Eu vejo que a gente está ganhando uma visibilidade. Daí vai diminuir o preconceito. Queira ou não queira é o que a gente mais quer", disse a mãe.

A psicóloga Letícia Bringel, que tem um filho autista, também comemorou. "É uma lei que trás conforto, trás respeito. Imagina você na fila de um aeroporto com uma criança aparentemente sem nenhum aspecto de deficiência, porque o autismo não tem cor, não tem cara", informou.

Rosa Helena, presidente da associação Anjo Azul, explica que o documento também vai ajudar a contabilizar a quantidade de pessoas com autismo em todo o país. "A partir dessa carteirinha as pessoas vão buscar os órgãos e a gente vai ter as quantidades, em qual local eles se encontram e só assim a gente vai ter direito às políticas publicas.

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