Levantamento feito pela empresa de pesquisa de mercado Compre&Confie mostra que o faturamento no varejo on-line cresceu 33% entre 24 de fevereiro, quando foi confirmado o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus no Brasil, até o fim de março.
De janeiro a março deste ano, o comércio eletrônico vendeu R$ 20,4 bilhões, um crescimento de 26,7% ante igual período de 2019. O número de pedidos totalizou 49,8 milhões, 32,6% superior aos três primeiros meses do ano passado. Contudo, o tíquete médio caiu 4,5%, ficando em R$ 409,50, um reflexo da pandemia.
André Dias, diretor executivo do Compre&Confie, afirmou que houve aumento das compras nas lojas virtuais dos supermercados e farmácias, normalmente, de produtos de menor valor. Para quem vende alimentos, a demanda foi maior que a da Black Friday porque as pessoas não costumam comprar perecíveis pela internet nesta ocasião.
Entre fevereiro e março, os produtos para saúde venderam 33% a mais e os pedidos cresceram 88%. Os itens de beleza e perfumaria, com faturamento 72% superior ao do mesmo período de 2019 e quantidade de pedidos 52% maior. Os petshops tiveram alta de 48% nas vendas.
“O comércio eletrônico ganhou muitos clientes que tiveram suas primeiras experiências neste canal. Algumas lojas não cobraram frete, mas têm o desafio de fazerem todas as entregas nas casas dos consumidores porque as lojas estão fechadas e os pedidos não podem ser retirados lá. O nível de satisfação será determinante para o cliente voltar a comprar”, disse Dias.
(Conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor)