Por G1 SP — São Paulo


Professora fica ferida nos olhos durante manifestação dos servidores municipais

Professora fica ferida nos olhos durante manifestação dos servidores municipais

Os funcionários públicos municipais de São Paulo decidiram em assembleia, nesta quinta-feira (7), manter a greve pela revogação da reforma da Previdência. A paralisação começou nesta segunda-feira (2).

Os funcionários públicos querem que a reforma previdenciária do município seja revogada. O projeto aprovado pelos vereadores da capital aumentou de 11% para 14% a contribuição dos servidores municipais.

De acordo com o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), 80% das escolas municipais estão "paradas".

Professora fica ferida nos olhos durante manifestação no Viaduto do Chá

Professora fica ferida nos olhos durante manifestação no Viaduto do Chá

Durante a tarde desta quinta, os funcionários fizeram uma manifestação no Viaduto do Chá. A Polícia Militar e a Guarda Ciivil Metropolitana acompanharam o protesto e, segundo o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), uma manifestante foi ferida por um policial. Ainda de acordo com o sindicato, ela foi atendida no Hospital do Servidor Público Municipal.

Segundo a PM, a confusão começou depois que um carro tentou furar o bloqueio e os policiais precisaram intervir.

A PM informou, com base nas imagens apresentadas, que instaurou uma investigação para apurar as circunstâncias e a ação do policial. "A Polícia Militar orienta as pessoas que tiverem qualquer tipo de queixa ou denúncia a comparecerem ao Plantão de Polícia Judiciária Militar, na Rua Vergueiro, 363, para auxiliarem a apuração", diz nota.

Por volta das 16 h, os manifestantes caminharam até a Avenida Paulista e interditaram a via, em frente ao Masp, no sentido Consolação por volta das 16h40.

Professora agredida durante manifestação dos servidores municipais — Foto: Sinpeem/Arquivo pessoal

Manifestantes interditam Avenida Paulista sentido Consolação — Foto: Abraão Cruz/TV Globo

Protesto dos servidores contra a Reforma da Previdência Municipal — Foto: Abraão Cruz/TV Globo

Reforma da Previdência

No dia 26 de dezembro de 2018, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda votação, a Reforma da Previdência dos servidores municipais. Foram 33 votos favoráveis e 17 contra. O texto foi sancionado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) no dia 27.

A proposta, de autoria do Executivo, fixa o aumento da alíquota de contribuição dos funcionários públicos de 11% para 14% e a criação de um sistema de previdência complementar para novos trabalhadores com remuneração superior ao teto de R$ 5,6 mil.

O texto avaliado pelo Legislativo, porém, não foi o mesmo que vinha sendo discutido desde o início do ano. De última hora, a gestão Bruno Covas (PSDB) enviou um substitutivo com duas alterações principais, o que fez com que a proposta precisasse passar novamente pelas comissões temáticas.

Um dos pontos mais polêmicos foi retirado do texto ao longo da discussão em primeiro turno: o artigo 29 que autorizava a Prefeitura a usar recursos de concessões e privatizações para, se necessário, bancar as aposentadorias.

Esse ponto quebrava uma promessa do ex-prefeito João Doria (PSDB), de que o dinheiro arrecadado com as desestatizações não seria usado para custear a máquina pública.

A Prefeitura diz que rombo na Previdência municipal é de R$ 5,4 bilhões. A previsão para 2019 era de R$ 6,1 bilhões. Com o aumento da contribuição dos servidores, a Prefeitura vai deixar de gastar aproximadamente R$ 400 milhões.

O prefeito afirma que tal mudança na Previdência não significa que haverá mais investimentos na cidade em 2019, pois o orçamento, segundo o Covas, segue bastante apertado.

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