O incômodo e a sujeira causados pela substância são uma reclamação frequente da população. O problema já chegou a motivar protestos por parte de moradores e até uma CPI.

De acordo com a Vale, no pátio de pelotas serão instalados três canhões de gotículas de água, que vão ficar no alto de estruturas metálicas.

“Nós estamos instalando três grandes canhões que aspergem água sobre o pátio, formando uma cobertura de micropartículas de água. Essa cobertura tem a função de evitar que possíveis poeiras geradas saiam do pátio”, explicou o gerente de meio ambiente da Vale, Romildo Fracassoli.

Desde agosto, as pilhas de minério e carvão estão sendo cobertas por um produto a base de celulose, para impedir que os materiais sejam levados pelo vento.

Onde ainda não há redes de proteção, serão instaladas as Wind Fence. Serão mais seis quilômetros de rede até 2023, que é o prazo estipulado no TAC.

Outra medida é fechar as correias transportadoras, que estão em toda parte, levando minério de um lado pro outro. Atualmente, quase todas as esteiras são abertas.

A estimativa é de que mais de 40 quilômetros de esteiras transportadoras de minério, pelotas e carvão sejam fechadas nos próximos cinco anos.

Na usina oito, por exemplo, começou a ser construído um galpão, que vai abrigar os insumos usados na pelotização, como o calcário. Atualmente, eles ficam expostos ao tempo.

Para fazer todas as obras, a mineradora terá que investir mais de um bilhão de reais. De agosto pra cá, já foram R$ 111 milhões em obras.

“Para os meses até o fim do semestre, nós temos outros contratos para colocar na praça, uma previsão de cerca de 600 novos empregos”, disse o diretor de sustentabilidade, Sérgio Leite.