Blog do Edimilson Ávila

Por Edimilson Ávila, G1 Rio


Trabalhadores do CER Leblon estão entre os que protestaram nesta segunda — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Funcionários de várias unidades de saúde da prefeitura do Rio foram para as ruas protestar contra o atraso do pagamento dos salários nesta segunda-feira (22).

A falta de repasses atinge hospitais, UPAs, CERs e clínicas da família. Funcionários das Organizações Sociais que administram essas unidades fecharam uma pista da avenida Brasil, em Realengo.

Também houve manifestação no CER-Leblon, na UPA de Magalhães Bastos e na entrada da emergência do Hospital Albert Schweizer.

No fim da tarde, o prefeito Marcelo Crivella anunciou a liberação de R$12 milhões apenas para quitar os salários atrasados dos funcionários do Hospital.

Os recursos são do Concilia Rio, programa de renegociação de dívidas de tributos municipais.

Embate entre prefeito e defensoria

Funcionários de unidades de saúde do Rio protestam em vários pontos da cidade

Funcionários de unidades de saúde do Rio protestam em vários pontos da cidade

Além dos protestos, a crise na saúde pública do município teve outros desdobramentos nesta segunda-feira. O defensor público Daniel Macedo disse que, após as eleições, a Defensoria vai recomendar ao Município do Rio que decrete estado de calamidade na saúde pública.

O anúncio irritou o prefeito Marcelo Crivella. "Com relação a defensoria, é uma medida maremanete politica. A Defensoria do Rio de Janeiro não tem moral para colocar o dedo na minha cara para falar um absurdo desse. Eu peguei um governo que no ultimo ano municipalizou o Rocha Faria, o Albert Schwaitzer e 298 equipes da saúde da familia sem previsão orçamentária e sem disponibilidade financeira e aumentou em R$ 700 milhões o custo da saúde. Quem são esses defensores públicos para vir me dar lição de moral? Quando foi que paramos qualquer hospital? quando foi que deixamos de atender? Quando foi que fechamos uma clinica de familia?", questionou, falando para jornalistas na Prefeitura.

A Defensoria Pública da União, da qual Macedo faz parte, respondeu dizendo que a instituição é pública e apartidária, que lamenta a postura do prefeito e posicionamento dele sobre a instituição. Também acrescentou que a atuação do órgão não está atrelada ao calendário eleitoral e que busca unicamente soluções para que a saúde do Rio não se torne insustentável.

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