Por G1 Minas — Belo Horizonte


Em 2015, bombeiros procuram por vítimas de rompimento da barragem em Bento Rodrigues, em Mariana — Foto: Márcio Fernandes/Estadão Conteúdo

Mais de três anos se passaram desde o rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, e a Samarco, pertencente à Vale e à BHP Billiton, ainda não pagou nenhuma multa aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), conforme antecipou o jornal "O Globo" nesta terça-feira (29).

A maior tragédia ambiental do país contaminou o Rio Doce e seus afluentes, destruiu distritos e matou 19 pessoas.

De acordo com o Ibama, as multas são decorrentes de 25 processos abertos para apurar infrações ambientais associadas ao rompimento. Os autos totalizam R$ 350,7 milhões. O órgão ainda expediu 73 notificações, com o objetivo de exigir a adoção de medidas de regularização e correção de conduta, entre outras ações.

A mineradora, segundo o Ibama, recorreu de todas as multas. “Apesar de os autos terem sido confirmados, a Samarco insiste em recorrer das decisões administrativas, buscando afastar sua responsabilidade pelo desastre”, disse o órgão em nota.

O Ibama informou que medidas legais estão sendo tomadas para que as multas sejam pagas. Em nota, a Samarco confirmou que "há aspectos jurídicos em análise" em relação às multas do Ibama.

Procurada, a Samarco informou que até dezembro de 2018 destinou R$ 5,2 bilhões em ações de reparação dos impactos causados pelo rompimento da barragem e que já pagou multa de R$ 45 milhões aplicada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad).

O órgão multou a mineradora Vale em R$ 250 milhões em razão do rompimento da Barragem do Feijão em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa pode recorrer.

Mais de 60 mortes já foram confirmadas e há quase 300 desaparecidos.

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