O número de homicídios com vítimas entre 12 e 24 anos caiu de oito, em 2017, para um, em 2018, nos cinco bairros que contam com os programas “Fica Vivo” e “Mediação de Conflitos” em Juiz de Fora. A redução de mortes na faixa etária corresponde a 87,5%.
As informações foram divulgadas pelo Governo de Minas, através do Observatório de Segurança Pública Cidadã, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O relatório leva em consideração a área de atuação do Centro de Prevenção à Criminalidade.
Os dados divulgados pelo Estado se referem aos bairros Vila Olavo Costa, Vila Ideal, Furtado de Menezes, Solidariedade e Vila Ozanan. Os locais fazem parte da área de abrangência dos programas de prevenção à criminalidade.
Além da redução no número de homicídios de jovens e adolescentes, o balanço também aponta para a diminuição na quantidade de mortes em outras faixas etárias. Em 2017, nos cinco bairros foram registrados um total de 10 pessoas mortes e, no passado, o número caiu para três; uma queda de 70%.
A Sesp destacou que os resultados se devem também à articulação com o Grupo Especializado de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar), da Polícia Militar (PM), que atua nos bairros atendidos pelo “Fica Vivo” e pela “Mediação de Conflitos”, com a Polícia Civil, Ministério Público e outras instituições.
Centro de Prevenção Olavo Costa
O CPC do Bairro Vila Olavo Costa está em funcionamento desde o mês de maio de 2018. No local são desenvolvidas oito oficinas do “Fica Vivo” com os jovens e adolescentes.
A média de atendimento é de 130 pessoas por mês. São aulas de futebol, capoeira, barbearia e corte de cabelo, artes maciais e danças.
No mês de fevereiro há previsão de início de outras duas novas oficinas: teatro e audiovisual.
Para a analista social do programa, que trabalha no território desde a época de estágio, Hadassa de Freitas, é nítida a mudança na região nos últimos meses. Segundo ela, principalmente na pacificação de grupos rivais e proteção dos jovens.
Mediação de Conflitos
O público atendido pelo Mediação de Conflitos no Olavo Costa, seguindo tendência do Estado, é majoritariamente feminino. Dos mais de 200 atendimentos realizados, 57% dos coletivos e 86% dos individuais tiveram como público alvo mulheres.
As principais demandas atendidas foram relacionadas à violência, conflitos intrafamiliares, sucessões, regularização fundiária e conflitos entre vizinhos. Das violências acompanhadas, 24% eram de violência intrafamiliar, 16% violência doméstica e familiar contra a mulher e 15% entre vizinhos.