Economia

Bolsonaro diz que vai 'bater o martelo' sobre proposta da Previdência nesta quinta

Presidente indica que idade mínima será diferente para homens e mulheres e diz que sem reforma país vai quebrar
Entrevista com o presidente Jair Bolsonaro no Jornal da Record. Foto: Picasa / Reprodução de vídeo
Entrevista com o presidente Jair Bolsonaro no Jornal da Record. Foto: Picasa / Reprodução de vídeo

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, em entrevista à Rede Record, que fechará os detalhes sobre o texto da reforma da Previdência que será enviado ao Congresso na quinta-feira, em reunião com a equipe econômica. Ele destacou que não gostaria de ter de fazê-la, mas que, caso ela não aconteça, “o país quebrará”:

- Nem gostaria de fazer a reforma da Previdência, mas sou obrigado a fazê-la, do contrário o país quebrará em 2022, 2023. Na tarde desta quinta-feira, estarei batendo o martelo sobre a reforma que será enviada.

Bolsonaro deixou claro que haverá consenso sobre idade mínima no governo e indicou que haverá diferença para homens e mulheres.

- Lógico que haverá consenso. A grande dúvida na idade foi se passaria para 62 ou 65, os homens, e, para mulheres, para 57 ou 60. Isso será decidido amanhã. Se for 62 e 57, haverá transição obviamente. Por outro lado (caso seja 60 e 65 anos), seria até 2030, 2032 aproximadamente.

O presidente também mencionou que as regras aplicadas aos militares serão estendidas a bombeiros e policiais:

- Pode ter certeza que o que for colocado para os militares das Forças Armadas será colocado também para policiais estaduais, bombeiros e policiais civis. Será muito parecida com a nossa proposta. Será apresentada em um segundo momento, até porque não depende de uma Proposta de Emenda à Constituição, é um simples projeto de lei.

Mais cedo, a agência de classificação de risco Moody’s havia divulgado relatório afirmando que não vê possibilidade de a reforma da Previdência ser aprovada antes do terceiro trimestre deste ano. A Moody’s considera que a versão da proposta vazada no último dia 4 será o ponto de partida para as negociações com o Congresso.