• Fernando Barbosa
Atualizado em
livance (Foto: Divulgação)

Gustavo Machado, Fábio Soccol e Claudio Mifano são os fundadores da Livance (da esq. à dir.) (Foto: Divulgação)

A Livance, startup de consultórios compartilhados para profissionais da saúde, anunciou nesta quinta-feira (1/7) a captação de R$ 30 milhões em uma nova rodada de investimentos. O aporte Série A foi liderado pela Cadonau Investimentos, do Grupo Jereissati, e pela Astella Investimentos. Outros fundos de venture capital, como Terracotta Ventures, Green Rock e Mago Capital, também participaram.

Os recursos serão destinados para reforçar as áreas de marketing, vendas, produto e tecnologia, otimizar os serviços para os profissionais da saúde e expandir a sua base de clientes. A meta é aumentar de 85 para 300 o número de colaboradores e dobrar a rede física, que tem oito unidades, cada uma com 18 consultórios de alto padrão. Há planos para expandir a atuação para fora de São Paulo (SP). Neste caso, Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG) estão na mira. Agora, os investimentos na startup somam R$ 50 milhões.

Fundada em 2017 pelo médico oftalmologista Fábio Soccol, o engenheiro Gustavo Machado e o administrador Claudio Mifano, a startup atua no modelo de Infrastructure as a Service (IaaS), em que médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos têm à disposição espaços compartilhados para as consultas.

"O modelo de consultório compartilhado existe há décadas. O grande diferencial do que oferecemos é a tecnologia, que nos possibilita fazer a gestão via nossa plataforma. Com ela, o profissional consegue diminuir os custos que teria com uma estrutura tradicional, com a vantagem de não ter que se preocupar com a gestão", afirma o cofundador e CEO da Livance, Claudio Mifano.

Para usufruir dos espaços, os profissionais liberais pagam uma mensalidade de R$ 236. No pacote, estão inclusos o acesso à plataforma, com um sistema de agendamento das consultas via site ou por meio de aplicativo. Há, também, números de telefone e Whatsapp para atendimento exclusivo por secretarias da startup. Além do pagamento mensal, é cobrado o valor de até R$ 1 por minuto dedicado às consultas. 

Despesas fixas, como aluguel, secretaria, limpeza, seguros e manutenção, tornam-se variáveis, cobradas de acordo com a demanda de atendimentos. Também é possível fazer o atendimento em diferentes endereços, sem qualquer custo adicional. A empresa afirma que sua solução permite aos profissionais uma economia de até 60% nos gastos com infraestrutura.

Nos últimos 12 meses, a Livance praticamente dobrou de tamanho após uma rodada seed da Astella Investimentos. Atualmente, são 2 mil profissionais na base de clientes da startup, que atendem a cerca de 40 especialidades e áreas diferentes da saúde.