Economia Defesa do Consumidor Avianca

Tamanho de bagagens de mão começa a ser conferido nos aeroportos

Aéreas determinaram padrão de mala que poderá ser levada a bordo. As que não se enquadrarem serão despachadas com custo
BRASIL - BRASÍLIA - BSB - 13/03/2017 - ECONOMIA. FIM DA FRANQUIA DE BAGAGEM. A partir do dia 14 de março, as companhias estão autorizadas a cobrar pelo despacho da bagagem e a vender bilhetes com preços diferenciados para os passageiros que viajam só com a mala de mão. As empresas já estão trabalhando suas malhas dentro das novas regras. FOTO ANDRE COELHO / Agencia O Globo Foto: André Coelho / Agência O Globo
BRASIL - BRASÍLIA - BSB - 13/03/2017 - ECONOMIA. FIM DA FRANQUIA DE BAGAGEM. A partir do dia 14 de março, as companhias estão autorizadas a cobrar pelo despacho da bagagem e a vender bilhetes com preços diferenciados para os passageiros que viajam só com a mala de mão. As empresas já estão trabalhando suas malhas dentro das novas regras. FOTO ANDRE COELHO / Agencia O Globo Foto: André Coelho / Agência O Globo

RIO — A  Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) começou nesta quarta-feira, 11 de abril,  a verificar, em quatro aeroportos do país, os tamanhos das bagagens de mão levadas em voos nacionais. A ação será repetida em outros 12 aeroportos, por etapas, com o intuito de orientar os passageiros em cada terminal durante duas semanas. Apenas após esse prazo, bagagens fora do padrão deverão ser despachadas, com custo para o passageiro. No Rio, a conferência começa em 24 de abril.

As medidas máximas que as malas devem ter foram implementadas pela Abear e vale nas quatro companhias aéreas brasileiras (Latam, Avianca, Azul e Gol). Segundo a regra, cada passageiro pode levar no voo, sem despachar, apenas uma mala com 55 cm de altura por 35 cm de largura e 25 cm de profundidade, pesando até 10 quilos.

Os primeiros destinos da ação serão os terminais Juscelino Kubitscheck (Brasília), Afonso Pena (Curitiba), Viracopos (Campinas) e Aluízio Alves (Natal). Para isso, a Abear contratou uma empresa terceirizada, que vai se posicionar antes da área restrita dos aeroportos — onde o passageiro precisa mostrar o bilhete de voo —, e funcionários farão uma avaliação visual do tamanho das bagagens.

Se parecerem fora do padrão, as malas serão testadas em uma fôrma com as medidas. Associações de defesa do consumidor, porém, já manifestaram que nem sempre essas estrututas foram certificadas pelo Inmetro. O Inmetro, por sua vez, informa que o gabarito com as dimensões padrões da bagagem de mão não é um objeto sujeito ao controle  do órgão. Mas  acrescenta que caso haja dúvida sobre a exatidão das dimensões dessas estruturas, o  Inmetro e os Institutos de Pesos e Medidas estaduais podem ser "acionados pela sociedade para supervisão das medidas".
Já as balanças utilizadas nos aeroportos para pesar bagagens passam por verificações anuais, diz o Inmetro. A certificação pode ser conferida pelo consumidor em selo afixado no instrumento.

Após duas semanas do início da fiscalização em cada aeroporto, a ação prevê que o passageiro que tiver uma mala com tamanho maior do que o permitido não poderá levá-la nas cabines do avião e terá que pagar uma taxa para o transporte em separado, no balcão de check-in da companhia. Isso porque, desde 2017, quando a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) começou a valer, as empresas aéreas nacionais podem cobrar pelo despacho de bagagens.

Vídeo: como arrumar mala de mão para 5 dias

Nos quatro primeiros aeroportos, o período de orientação ao passageiros termina no dia 24 de abril. A segunda leva de terminais, a partir do dia 17, em Confins (Belo Horizonte), Pinto Martins (Fortaleza), Guararapes-Gilberto Freyre (Recife), Luís Eduardo Magalhães (Salvador) e Val-de-Cans-Júlio Cezar Ribeiro (Belém), contará com orientação até 1º de maio.

Os últimos aeroportos a aplicarem a fiscalização, a partir do dia 24 de abril, serão os de Santa Genoveva (Goiânia), Salgado Filho (Porto Alegre), Congonhas (São Paulo), Guarulhos, Galeão e Santos Dumont (Rio de Janeiro). A orientação aos passageiros vai até o dia 12 de maio.

Quanto custa despachar

Na Azul -Na Azul - A empresa informou que as suas passagens estão classificadas em duas categorias: a “MaisAzul” e a “Azul”. A categoria MaisAzul inclui uma peça de até 23 kg de bagagem. Ao optar pela categoria Azul, o Cliente pagará mais barato pela passagem na comparação com a tarifa Mais Azul e poderá escolher pela compra ou não do serviço de bagagem despachada. Em ambas as categorias, o cliente poderá incluir uma peça de até 23kg de bagagem ou mais peças, a qualquer momento, a partir de R$ 60 pelos canais digitais ou call center e a partir de R$ 120 no aeroporto.

Na Gol - As bagagens despachadas podem ter até 23kg, cada. O direito de despachar uma peça em voo nacional pode ser comprado pelos passageiros que adquiraram seus bilhetes nas tarifas Light e Promo: por R$ 60 nos canais digitais, e por R$ 120 no balcão de check-in. Nas tarifas Plus e Max, o serviço é gratuito.

Na Latam - A companhia reforçou que é permitido despachar bagagens de até 23kg com dimensão máxima de 158 cm lineares (altura x largura x espessura). "Além disso, as franquias para despacho de bagagem estão disponíveis de acordo com o perfil de tarifa da passagem aérea adquirida. Para trechos domésticos no Brasil, o preço atual da Latam para o despacho da primeira mala é de R$ 59,00 (por trecho), válido para compras realizadas até 3 horas antes do embarque. Se a compra da bagagem for efetuada no momento do check-in, o valor é de R$ 120,00 (por trecho)".

Na Avianca - As bagagens despachadas em voos da Avianca devem ter no máximo 23 kg, com tamanho limite de 158 cm (somadas as três dimensões de largura, altura e comprimento). Para trechos domésticos, o serviço é cobrado na categoria Promo, custando R$ 60, válido para compras realizadas até 6 horas antes do embarque. Se a compra da bagagem for efetuada no momento do check-in, o valor é de R$ 100,00 (por trecho). Nas categorias Economy e Flex o serviço é gratuito para uma mala.