O diretor de teatro Antunes Filho segura máscaras, símbolos do teatro, ao posar para fotos no SESC Consolação, centro de São Paulo, em março de 2008 — Foto: Patrícia Santos/Estadão Conteúdo/Arquivo
O corpo do diretor de teatro Antunes Filho foi cremado em São Paulo na tarde desta sexta-feira (3). Ele morreu na noite desta quinta (2) aos 89 anos, dias depois de descobrir um câncer no pulmão em estágio avançado.
A cerimônia fechada aconteceu no Crematório Vila Alpina, na Zona Leste da cidade. Mais cedo, Antunes foi velado no Teatro Sesc Anchieta, no Sesc Consolação, por família, colegas, atores e alunos.
Velório do Diretor de teatro José Alves Antunes Filho, no teatro Sesc Anchieta, em São Paulo, nesta sexta feira (3) — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Referência do teatro brasileiro
José Alves Antunes Filho era considerado pela crítica especializada um dos principais nomes do teatro brasileiro. Artistas como Sônia Braga, Paulo Betti, Stênio Garcia, Zé Celso Martinez e Matheus Nachtergaele comentaram a morte dele.
"Era o maior e o melhor. O que sabia tudo sobre teatro. Deixa o amor pelo teatro, pela cultura, o profissionalismo, a honestidade com a sua profissão", lamentou a atriz Laura Cardoso.
Integrante do Teatro Brasileiro de Comédia e fundador do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), ele se consagrou e ganhou prestígio como diretor com a montagem de obras de grandes nomes do teatro e da literatura e pelo seu trabalho na formação de atores.
Antunes Filho trabalhou até os últimos dias de vida. A montagem mais recente dele no teatro foi a peça “Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse”, texto do francês Jean-Luc Lagarce que estreou no teatro do Sesc Consolação em setembro do ano passado.