Blog da Andréia Sadi

Por Andréia Sadi

Apresentadora do Estúdio I, na GloboNews, comentarista de política da CBN e escrevo sobre os bastidores da política no g1


Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou como um "erro" a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) não ter votado a reforma da Previdência nesta semana. Para Rodrigo Maia, faltou organização do governo.

A votação na CCJ estava marcada para esta quarta (17). Na última segunda (15), porém, o governo anunciou um acordo para adiar para a próxima semana. Mesmo assim, deputados aliados se articularam para tentar antecipar a votação. Mas a votação ficou para a próxima semana.

"Acho que foi um erro, faltou organização do governo ali, mas semana que vem retomam os trabalhos", afirmou Rodrigo Maia.

O presidente da Câmara entrou na articulação política na noite de terça-feira junto com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para tentar fazer com que a votação acontecesse ainda nesta quarta-feira. Mas deputados do "Centrão" e da oposição conseguiram se articular e adiaram a votação.

Nos bastidores, a operação foi atribuída ao PP e ao PR, partidos que têm se queixado da relação do governo com os deputados. Para aliados do Planalto, parlamentares desses partidos querem cargos e emendas em troca do apoio à reforma da Previdência.

Tramitação da reforma

A CCJ é a primeira etapa da tramitação da reforma da Previdência. A comissão analisa se a proposta do presidente Jair Bolsonaro está de acordo com a Constituição.

Se a chamada admissibilidade for aprovada, o texto seguirá para uma comissão especial, responsável por analisar o mérito (conteúdo).

Ao blog, Rodrigo Maia disse calcular que a comissão especial estará funcionado "para valer" em 7 de maio.

O motivo: na primeira semana de maio tem o feriado do Dia do Trabalho, na quarta-feira. "Instala antes, mas para valer deve estar funcionando no dia 7 de maio. Aí, calcula uns dois meses de trabalho", diz.

Questionado se a Câmara pode aprovar a reforma ainda no primeiro semestre, como quer o governo, disse: "Sim, se organizar a base. O primeiro semestre só acaba dia 15 de julho na Câmara".

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