01/11/2016 07h35 - Atualizado em 01/11/2016 07h35

Exame de toque retal ainda causa preconceito entre homens, diz médico

Maurício Bestane alerta para tabu que ainda atinge brasileiros.
Câncer de próstata é o segundo mais comum no Brasil.

João Paulo de CastroDo G1 Santos

Números do câncer de próstata ainda são altos por tabu com exame (Foto: Rede Globo)Números do câncer de próstata ainda são altos
por tabu com exame (Foto: Rede Globo)

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os brasileiros, atrás, somente, do câncer de pele neo-melanoma. Mesmo assim, um terço dos pacientes se recusa a passar pelo exame de toque retal, de acordo com o urologista Maurício Bestane, especialista em ultrassonografia urológica.

O G1 lança, nesta terça-feira (1), uma editoria especial que, durante todo mês, falará sobre saúde masculina, câncer de próstata e prevenção, em alusão ao mês 'Novembro Azul'.

Existem duas maneiras de descobrir e prevenir um possível câncer de próstata: um exame de sangue chamado de PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal. De acordo com o médico, no exame de toque é possível perceber com maior facilidade uma suposta alteração na próstata.

“Algumas vezes, no exame de PSA, a alteração da próstata é muito lenta e o médico demora mais para perceber uma possível mudança e até mesmo o tumor. Por isso, o exame de toque retal, aliado ao exame de sangue de PSA, ainda acaba sendo mais eficaz e com maior segurança aos pacientes”, afirma.

Maurício Bestane (Foto: Divulgação)Maurício Bestane alertou para a regularidade
do exame (Foto: Divulgação)

Em 2016, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA) é de que 61.200 novos casos de câncer de próstata sejam registrados no Brasil. Por isso, o médico ressalta a importância de campanhas como o “Novembro Azul” e a quebra do preconceito com o exame de toque.

“Hoje, um terço dos pacientes se recusa a fazer o exame de toque por conta do preconceito. Nós temos que conscientizar as pessoas de que é um exame que leva cinco segundos e pode evitar problemas maiores no futuro. Por isso, campanhas como esta são tão importantes mesmo em uma era com tanta informação atingindo um grande número de pessoas”, completa.

Regularidade
Segundo o urologista Maurício Bestane, a regularidade e a frequência nas consultas médicas podem aumentar as chances de cura do câncer de próstata. “Por conta da demora da percepção pelo exame de PSA, o diagnóstico precoce desta doença é, normalmente, conseguido com o toque. Quanto mais precoce o tumor for descoberto, melhor você consegue ter tratamento curativo do câncer”, explica.

Ainda segundo o médico, os exames devem ser feitos, anualmente, por homens com mais de 50 anos. “Orientamos que os exames sejam feitos uma vez por ano para que, em qualquer alteração da próstata, o tratamento já seja logo iniciado”, finaliza.

Info Próstata Câncer 3 (Foto: Arte / G1)

 

 

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