• Fernando Barbosa
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Victor Fernandes (Foto: Divulgação)

Victor Fernandes é o co-CEO da Mutual (Foto: Divulgação)

A Mutual, fintech de crédito digital, recebeu nesta segunda-feira (16/8) um aporte de R$ 22 milhões resultante da venda da Combate à Fraude, sua subsidiária que utiliza inteligência artificial e machine learning para mitigar riscos e proteger a identidade digital em empresas e realizar o onboarding de novos colaboradores. Os investidores responsáveis pela nova rodada e tamanho da fatia negociada não foram revelados, mas a startup mantém um share de 25% na companhia. Até então, a fintech havia feito a captação de R$ 4 milhões de investidores-anjo, em meados de 2019.

Fundada em janeiro de 2018 por Victor Fernandes e Marciliano Freitas, que dividem o cargo de CEO, além de Leonardo Rebitte, integrante do conselho, a Mutual faz a ponte entre investidores e empresas e pessoas físicas em busca de empréstimos. Ao conectar as duas partes, argumenta que é possível oferecer taxas mais atrativas do que as disponíveis no mercado.

Atualmente, a startup possui uma carteira com mais de 700 mil usuários em todo país, com 11 mil empréstimos realizados e cerca de R$ 50 milhões transacionados na sua plataforma, em modalidades como empréstimo pessoal e capital de giro para empresas. Com a injeção de recursos, almeja chegar à casa dos R$ 80 milhões transacionados ainda em 2021, e de R$ 535 milhões até dezembro de 2022.

Uma das grandes apostas de crescimento é o financiamento para energia solar, lançado em dezembro. O objetivo é encerrar o ano com mais de R$ 50 milhões concedidos para a instalação de painéis solares em residências, estabelecimentos comerciais e propriedades rurais.

“Queremos acelerar a tecnologia para o uso do crédito digital no país e até o final de 2022 vamos lançar seis novos produtos para começar a oferecer novos tipos de financiamento”, diz Marciliano Freitas, co-CEO da Mutual, por meio de nota. No desenvolvimento de novos produtos, aparecem no radar empréstimos por meio de recebíveis e financiamento para pessoas físicas com garantias (carro, imóvel e avalista). As novas soluções terão fundos de investimentos, bancos e até pessoas físicas como financiadores pela plataforma Mutual Invest.

Além disso, a fintech está utilizando os recursos para reforçar a liderança com a contratação de três novos diretores: Paulo Barreiros (ex-BTG Pactual e ex-CFO do JP Morgan no Brasil e do Santander), Thiago Basso (ex-banco BV e Volkswagen Financial Services) e Carlos Peçanha (ex-grupo Stone). Até o fim do ano, a startup pretende passar de 65 para 100 colaboradores.