Protesto unificado em defesa da educação reúne milhares de pessoas em Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo
Protesto unificado em defesa da educação reúne milhares de pessoas em Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo
Manifestantes protestam contra corte de verba na educação em Belo Horizonte
Estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) fizeram manifestações nesta quarta-feira (15) em Belo Horizonte. O ato unificado terminou às 13h40.
Os alunos protestam contra o corte de 24,84% de verbas destinadas à educação anunciado pelo Governo federal. Pelo carro de som, organizadores disseram que 250 mil pessoas participaram de protestos. A Polícia Militar (PM) disse que acompanhou as manifestações, mas não divulga estimativa de participantes.
O ato unificado teve concentrações em vários pontos, entre eles a portaria do Cefet e a Avenida Alfredo Balena, em frente à Faculdade de Medicina da UFMG, no bairro Santa Efigênia.
Os manifestantes se reuniram, no meio da manhã, na Praça da Estação, tradicional ponto de protestos. Depois, eles foram para a Praça Sete, onde houve um abraço simbólico ao Pirulito, monumento histórico da capital. E, por último, o protesto seguiu em passeata pela Avenida Amazonas até a Praça Raul Soares, onde se dispersou depois das 13h.
Às 13h40, a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHtrans) informou que o trânsito estava liberado na Praça Raul Soares, último ponto de manifestação.
Alunos e professores fazem ato unificado contra cortes de verbas na educação em BH
Professores fazem assembleia na Praça da Estação, em Belo Horizonte, em protesto contra corte de verbas do MEC no ensino superior — Foto: Antônio Salaverry/Arquivo pessoal
Cefet
Segundo o Cefet, a manifestação é organizada por sindicatos, servidores, docentes e auxiliares administrativos. A instituição informou que está sem atividades acadêmicas nesta quarta-feira (15). Eles carregavam faixas com dizeres como "Luto pela educação" e "A aula hoje é na rua".
O Cefet informou que espera, junto com as entidades de classe que representam as instituições federais de ensino, que o governo federal reverta a situação do bloqueio de verbas que, no caso do Cefet, foi de 35,4%.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes) — que representa cerca de 7 mil servidores nas instituições em BH — disse que uma assembleia realizada no Cefet, no último dia 10, teve grande adesão sobre a paralisação desta quarta-feira (15).
Estudantes fazem protesto contra bloqueio na educação em BH
UFMG e UEMG
Estudantes e professores das universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Estadual de Minas Gerais (UEMG) também participam do projeto.
A grande concentração foi feita na porta da Faculdade de Medicina da UFMG, na Avenida Alfredo Balena, no início da manhã. Os manifestantes fizeram panfletagem contra o bloqueio de verbas do governo federal e saíram em passeata em direção à Praça da Estação.
A Associação de Professores Universitários de Belo Horizonte (ApuBH) informou que um grupo "muito grande" de manifestantes se deslocou do campus Pampulha da UFMG em direção ao centro.
A UFMG disse que não vai se posicionar sobre o movimento nos campi e nem divulgar número sobre adesão de funcionários e estudantes.
Universitários da UEMG também participam do protesto. Faixa defendendo a Escola Guignard está no ato na Praça da Estação.
Protesto de estudantes chega à Praça da Estação, em BH
Bloqueio de verbas
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.
Protestos no interior de Minas
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Fotos do ato unificado em Belo Horizonte
Protesto em defesa da educação na Praça da Estação, em Belo Horizonte — Foto: Antônio Salaverry/Arquivo pessoal
Estudantes erguem bandeirão em defesa da educação em Belo Horizonte — Foto: Antônio Salaverry/Arquivo pessoal
Protesto em defesa da educação em Belo Horizonte — Foto: Antônio Salaverry/Arquivo pessoal
Manifestantes chegam à Praça da Estação, em Belo Horizonte, para ato unificado em defesa da educação — Foto: Antônio Salaverry/Arquivo pessoal
Faixa protesta contra governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em manifestação pela educação em Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo
Faixas em protesto pela educação em Belo Horizonte criticam governador de Minas, Romeu Zema (Novo) — Foto: Antônio Salaverry/Arquivo pessoal
Cartaz diz, em inglês, que "garotas só querem fundos para pesquisa", durante protesto em Belo Horizonte — Foto: Reprodução/TV Globo
Alunos fazem protesto contra bloqueios na educação anunciados pelo Governo Federal, em BH. — Foto: Reprodução/TV Globo