Por Marcelo Baccarini


Empresas se reinventam para atender idosos que estão sozinhos em casa

Empresas se reinventam para atender idosos que estão sozinhos em casa

O isolamento social gerou uma demanda de um segmento considerado de alto risco nessa pandemia. São os idosos, fechados em casa, que precisam de cuidados, de atividades. O desafio é fazer chegar esses serviços à distância para um grupo pouco acostumado com tecnologia.

O Brasil já não é mais um país de jovens. O número de idosos vem crescendo nos últimos seis anos. Pelo Censo de 2018, temos 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos, 13% da população.

Será que o empresário está preparado para atender o público da terceira idade que está em casa, obedecendo a quarentena?

“É fundamental criar um canal alternativo pra se comunicar com essa empresa. Tem o WhatsApp que há sete anos era distante dele e hoje é mais acessível. Tem que utilizar pra esse público”, afirma o consultor de negócios, Sebastião Oliveira.

Uma empresa do Rio de Janeiro já faz isso, ela vende serviços de tele assistência, como equipamentos que o idoso aciona em caso de uma queda, por exemplo. “Fica ligado na linha telefônica na casa do cliente. Ele fica com o pingente ou pulseira. Na casa dele. Em caso de necessidade, aperta o botão e o aparelho vai fazer contato com a central 24 horas”, explica o empresário Carlos Brito.

A empresa tem três mil clientes em todo o Brasil. Para quem contrata o serviço durante o isolamento social, a empresa manda um vídeo por WhatsApp ensinando a instalar ou envia um técnico até a casa.

“Usamos máscaras, capote descartável e proteção para os pés, mais álcool em gel. Tivemos que nos reinventar pra dar tranquilidade para cliente e filhos”, conta Carlos.

Uma rede de franquias que faz uma espécie de ginástica para o cérebro, onde 80% dos alunos têm mais de 60 anos, também teve que se adaptar e agora as aulas agora são online.

“Estamos atendendo com ferramenta de tecnologia. O aluno entra online e usa materiais diversos com instrutor”, conta a franqueadora Nádia Benitez.

A rede de Foz do Iguaçu, no Paraná, tem 22 unidades e três mil clientes em todo o pais - 60% estão tendo aula por vídeo conferência. Pode ser em grupo ou individual. O instrutor passa exercícios para melhorar a memória e a concentração, por exemplo.

“Desenvolvemos material especial pra usar nesse momento. Usam apostila diferenciada e nos jogos usamos ferramentas. O professor mostra imagem e o aluno desenvolve ela rapidamente.”, conta Nádia.

A franquia dá aulas gratuitas uma vez por semana para quem não é cliente. E ajuda o idoso a mexer no celular ou computador para perder de vez o medo da tecnologia.

“Asseguro que empresas que os ajudarem a vencer essa barreira serão lembradas como empresa amiga, que os ajudou a ir pra outra fase. Isso renderá pontos e dividendos pro futuro”, garante o consultor Sebastião.

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