Economia Previdência

MDB anuncia ser contra três itens da reforma da Previdência de Bolsonaro

O partido afirmou ser favorável à proposta mas apontou, em nota, quais os pontos iria apoiar
Brasilia, 23/04/2019, Reunião ordinária na CCJC - Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para a votação da reforma da previdência. Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados Foto: Agência O Globo
Brasilia, 23/04/2019, Reunião ordinária na CCJC - Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para a votação da reforma da previdência. Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados Foto: Agência O Globo

BRASÍLIA — Maior bancada no Senado e sexta maior na Câmara, o MDB anunciou, nesta quinta-feira, ser favorável à reforma da Previdência Social, mas que trabalhará contra três itens da proposta pelo governo Jair Bolsonaro: alterações na aposentadoria rural, no Benefício de Prestação Continuada ( BPC ) e na aposentadoria especial para professores.

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Em nota, o MDB listou os itens que apoia, que pretende modular e que se opõe, sem dar detalhes sobre o que os filiados do partido pensam sobre cada um deles. À frente da Presidência, com Michel Temer, nos últimos dois anos e meio, a legenda também tentou fazer a sua reforma da Previdência. Em meio a denúncias contra o ex-presidente e a proximidade das eleições, a tentativa fracassou.

Segundo a nota, além dos pontos que não apoia, o MDB pretende "discutir" e "modular" os seguintes itens: pensão por morte, aposentadorias especiais, novas alíquotas de contribuição, restituição de abono salarial e capitalização.

O partido se diz favorável a "idade mínima, aposentadoria por tempo de contribuição, revisão de aposentadoria por invalidez e redução de despesa da Previdência.

O apoio do MDB é considerado importante pelo governo, pelo tamanho que ocupa no Congresso. No mês passado, o presidente do partido, Romero Jucá (RR), foi um dos chefes de partido recebidos por Jair Bolsonaro. Na conversa, o presidente pediu que o partido trabalhe a favor da Previdência.

O MDB tem uma bancada de 13 senadores, comandando a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, responsável por analisar a proposta de Bolsonaro, caso aprovada pela Câmara. Propostas de emenda à Constituição (PEC), como a da Previdência, só são votadas na CCJ e no plenário no Senado, diferentemente da Câmara, que as analisa em comissões especiais.

Na Câmara, o partido desidratou nas últimas eleições e pulou de segunda maior bancada para a sexta, mas ainda tem um tamanho considerado expressivo, com 34 deputados.