• Redação Globo Rural
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frutas (Foto: Cevisa/Reprodução)

(Foto: Cevisa/Reprodução)

Apesar dos efeitos da pandemia de Covid-19 na economia, a exportação brasileira de frutas superou a marca de 1 milhão de toneladas e fechou 2020 com um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. O faturamento subiu 3%, chegando a US$ 875 milhões.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), um dos destaques em vendas foram as frutas cítricas, como o limão, que aumentou 14% o volume embarcado no ano passado. 

A manga foi a fruta com maior quantidade exportada e teve crescimento significativo: foram exportadas mais de 243 mil toneladas, 13% a mais na comparação com 2019. Também se destacaram as exportações de pêssego (+46%), maçã (+11%), uva (+9%) e melancia (+5%).

Proporcionalmente, a alta mais expressiva foi na venda de laranja - o volume cresceu 139% (6,9 mil toneladas) e a receita, 176% (US$ 4,2 milhões). Já o abacaxi teve aumento de 110% em volume (4,9 mil toneladas) e 123% em valor (US$ 2,78 milhões) em relação a 2019.

A Abrafrutas atribui o desempenho positivo ao esforço dos produtores e ao maior interesse por alimentos que forneçam vitamina C e fortaleçam a imunidade. Segundo a entidade, 2020 foi um ano atípico, incerto e desafiador, exigindo que os produtores reformulassem seus processos de trabalho para não interromper a produção.

“O bom resultado se deve, especialmente, ao grande empenho dos produtores, que se adaptaram às questões de segurança e cumpriram todos os protocolos, de maneira que atendessem as demandas com o aumento nas exportações”, salienta o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho.

Coelho também ressalta que, apesar de não figurar com maior destaque na balança comercial, a fruticultura é uma grande geradora de empregos e, em um ano de recessão como 2020, o setor seguiu forte nos negócios.