• Mariana Fonseca
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Fundadores da ZigPay (Foto: ZigPay/Divulgação)

Fundadores da ZigPay David Pires, Nérope Bulgareli e Carlos Lino (Foto: ZigPay/Divulgação)

Mesmo com a reabertura progressiva de estabelecimentos, a recomendação de manter uma distância adequada entre as pessoas segue valendo. O ZigPay acredita que essa não seja apenas uma obrigação momentânea -- e sim a porta de entrada para um consumo conveniente e inteligente por meio da digitalização dos pagamentos.

A fintech fornece cardápio, pedido e transações completamente virtuais para bares, eventos e restaurantes. O negócio atende 106 estabelecimentos e 106 mil usuários finais com sua solução. Com a reabertura dos negócios de alimentação e entretenimento, o ZigPay também retraçará seus planos de adesão de mais estabelecimentos aos pagamentos sem contato.

Ideia de negócio: pagamento sem contato
O ZigPay foi criado em janeiro de 2017 pelos empreendedores Carlos Lino, David Pires, Nérope Bulgareli e Yan Tironi.

O consultor e engenheiro Carlos Lino conta que a ideia veio da observação de como as baladas funcionam. "Os sistemas usados hoje são os mesmos de quando eu ia para a balada. Faz 20 anos. Acidentes como incêndios e sufocamento acontecem porque as boates têm de montar estruturas fortes para as pessoas não saírem sem pagar", conta.

O ZigPay pretende levar conveniência e digitalização ao consumo em bares e eventos. A fintech fornece cardápio, pedidos e pagamentos pelo celular. As transações se fazem por sistemas como NFC e QR Codes, de forma pré-paga (carregando uma comanda virtual) ou pós-paga (escaneando na saída). A solução também está integrada com apps de delivery.

Com o ZigPay, os clientes não precisariam passar pelo caixa ou falar com o garçom para pagar suas bebidas e comidas. Essa experiência gera um aumento médio de 40% no consumo e uma redução média de 30% no custo operacional. A digitalização dos pagamentos também leva inteligência para a operação e para o relacionamento com os clientes. O ZigPay atende 106 estabelecimentos e 106 mil usuários finais, recebendo um percentual por transação.

A fintech atende geralmente bares e eventos de grande porte, mas seus benefícios se percebem principalmente em negócios de porte menor. "Os pequenos empreendedores têm poucas ferramentas de gestão dos seus estabelecimentos", diz Lino. "Trouxemos uma ferramenta que ajuda a entender a frequência e os hábitos de consumo do cliente e quais são os melhores caixas, garçons e pratos. Também é possível gerir brindes e programas de fidelidade."

A solução ganhou ainda mais importância em tempos de isolamento social. "Mesmo na pandemia, tivemos demanda de casas aproveitando o fechamento temporário para trocar seu sistema de pagamentos", diz Lino. A fintech ainda não desenhou suas novas metas para 2020. Essas métricas serão definidas quando os estabelecimentos reabrirem.

Mas, mesmo que nunca tenha se falado tanto em digitalização e a demanda pelos pagamentos sem contato tenha crescido, o ZigPay continua com um grande competidor: a velha comanda de papel.