Por G1 DF


Trabalhadoras rurais participam da Marcha das Margaridas em Brasília

Trabalhadoras rurais participam da Marcha das Margaridas em Brasília

Trabalhadoras rurais de todo país realizaram na manhã desta quarta-feira (14) uma passeata entre o Pavilhão do Parque da Cidade e o Congresso Nacional em protesto por mais políticas públicas voltadas ao campo.

A manifestação, conhecida como Marcha das Margaridas, ocorre desde 2000 (entenda abaixo). Por causa do evento, o trânsito na área central de Brasília sofreu alterações.

Trabalhadoras rurais fecham Eixo Monumental durante Marcha das Margaridas

Trabalhadoras rurais fecham Eixo Monumental durante Marcha das Margaridas

BRASÍLIA, 10h29: Marcha das Margaridas leva trabalhadoras rurais de todo o país para a Esplanada dos Ministérios — Foto: Afonso Ferreira/G1

O grupo deixou o Pavilhão do Parque da Cidade por volta das 7h30. De lá, seguiu pelo Eixo Monumental, onde chegou a ocupar todas as faixas da via S1. O tráfego de veículos foi afetado e os principais acessos ao Plano Piloto ficaram engarrafados.

Com o bloqueio do Eixo Monumental, houve congestionamento até a altura de Águas Claras. No balão do Aeroporto Internacional de Brasília, na Estrada Parque Indústrias Gráficas (EPIG) e no Sudoeste, motoristas enfrentaram lentidão.

Às 9h, já na altura da Torre de TV, as manifestantes organizaram a caminhada em três faixas da S1, o que permitiu a circulação de automóveis nas outras três pistas da via.

Por volta das 9h50, elas alcançaram o gramado em frente ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados. Lá, discursaram e, às 12h10 encerraram o ato. As trabalhadoras rurais deixaram o protesto em ônibus, que ficaram estacionados no Teatro Nacional.

BRASÍLIA, 9h40: Marcha das Margaridas ocupa Esplanada dos Ministérios — Foto: TV Globo/Reprodução

Mulheres do campo

O ato contou com a participação de agricultoras familiares, ribeirinhas, quilombolas, pescadoras, extrativistas, camponesas, quebradeiras de coco, trabalhadoras urbanas e dos movimentos feministas e de mulheres indígenas.

A professora Maria Regina Romão Barbosa Ferraz, de 57 anos, mora em Colinas (Maranhão) e disse ser terceira marcha da qual participa.

"A mulher brasileira tem sofrido muito. As conquistas que as mulheres alcançaram foram por meio da luta. A marcha mostra a força da mulher."

A professora Maria Regina Ferraz mora em Colinas no Maranhão e veio para Brasília para a Marcha das Margaridas — Foto: Afonso Ferreira/G1

O tema do protesto deste ano é "margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência". Na pauta também estão o combate à pobreza e o enfrentamento aos casos de feminicídios.

Força Nacional

A pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o ministro da Justiça, Sérgio Moro, determinou o uso da Força Nacional para proteção da área da Esplanada dos Ministérios nesta quarta.

A solicitação também foi feita para as manifestações pela educação e contra a reforma da Previdência que aconteceram, nessa terça-feira (13), na área central de Brasília.

Marcha das Margaridas em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

Marcha das Margaridas

O nome da marcha presta homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.

Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Por mais de dez anos à frente do sindicato, Margarida lutou pelo fim da violência no campo, por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas.

BRASÍLIA, 8h55: Marcha das Margaridas ocupa Eixo Monumental — Foto: Afonso Ferreira/G1

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