Política
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Por Lilian Venturini, Valor — São Paulo


A taxa de brasileiros que avaliam o governo Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo chegou a 61%, maior índice da série histórica do Instituto Atlas, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira. O desempenho pessoal do presidente também atingiu seu pior resultado, com 64% dos entrevistados desaprovando a sua gestão.

Na sondagem anterior, de julho, a taxa de ruim ou péssimo era de 59%. O percentual de pessoas que avaliam o governo como ótimo ou bom oscilou para baixo, passando de 26% para 24%. A taxa de regular passou de 15% para 14%, e 1% não soube responder. A desaprovação de Bolsonaro também oscilou negativamente dentro da margem de erro, passando de 62% em julho para 64% agora.

Quando a pesquisa começou a ser feita, em janeiro de 2019, Bolsonaro tinha 39% de ótimo ou bom, 30% de regular e 23% de ruim ou péssimo. A piora da avaliação se acentuou em meados do ano passado, coincidindo com o avanço da pandemia de covid-19 e a deterioração do quadro econômico.

Jair Bolsonaro — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Jair Bolsonaro — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

"A tendência continua sendo de deterioração. No entanto, há um núcleo-duro do bolsonarismo que continua muito resiliente, e essa tendência de erosão será cada vez mais lenta", avalia o cientista político Andrei Roman, CEO do Atlas Intel.

A pesquisa mostra o desempenho de Bolsonaro de acordo com o perfil do entrevistado. O presidente se sai pior entre as mulheres e os eleitores do Nordeste, com 71% e 70% de ruim ou péssimo, respetivamente. O apoio (ótimo ou bom) é maior entre os eleitores do Centro-Oeste (33%) e que cursaram apenas o ensino fundamental (25%).

Quando se observa a renda dos eleitores, o desempenho é pior entre aqueles que declaram ganhar até R$ 2 mil e acima de R$ 10 mil – em ambos a taxa de ruim ou péssimo chega a 64%.

Para Roman, a situação econômica é a principal explicação para a avaliação negativa do presidente e será também o fator essencial para reverter a tendência de queda.

"[Têm influência na avaliação] a inflação e a não recuperação econômica no ritmo esperado mesmo diante da melhora da economia. Por mais que a mídia e analistas foquem nas questões institucionais, no meu entender a maioria da população está focada na questão econômica. E a inflação tem cada vez mais um peso maior nisso", afirma.

O Instituto Atlas coletou respostas de 3.146 pessoas por meio de questionário on-line, entre 30 de agosto e 4 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Por meio de anúncio publicitário, a consultoria dispara milhares de convites aleatoriamente para internautas da área a ser investigada. Ao clicar no convite, o eleitor é direcionado ao questionário do estudo. Segundo o instituto, mecanismos de segurança impedem que o respondente repasse a pesquisa a outras pessoas ou preencha o questionário mais de uma vez.

A amostra depois é estratificada para representar adequadamente o perfil da população brasileira adulta.

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