Murilo era potiguar. Começou a trabalhar aos 12 anos no Diário de Natal. Aos 18 estava no Rio, como repórter de polícia do Correio da Noite.

Escreveu ainda para a Tribuna da Imprensa, o Estado de S. Paulo, TV Manchete e TV Rio, onde apresentava um programa político.

Como jornalista, Murilo cobriu a construção de Brasília, a guerra do Vietnã. Acompanhou presidentes em missões no exterior, de Juscelino Kubitschek a José Sarney.

Murilo Melo Filho ocupou a cadeira número 20 da Academia Brasileira de Letras por 21 anos.

“Um dos grandes jornalistas do século 20. Murilo era um homem ético, marcado pela doçura. Um homem que estava na contramão, portanto, da atual realidade em que vemos espíritos belicosos que se afastam da paz”, disse Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras.

O enterro do acadêmico será na quinta-feira (28), às 13h, no Mausoléu da ABL, no Rio.