Prefeitura de SP pede ao Ministério da Saúde para iniciar aplicação de dose de reforço contra Covid-19 em profissionais da educação

Segundo secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, solicitação foi enviada nesta semana. Vacinação adicional de grupo ainda não tem data prevista no programa nacional. Na próxima segunda (25), escolas poderão receber 100% de alunos sem distanciamento entre os estudantes.

Por Vivian Reis, g1 SP — São Paulo


Aulas presenciais foram retomadas em todo o estado de São Paulo — Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo pediu ao Ministério da Saúde para antecipar a aplicação das doses de reforço da vacina contra a Covid-19 nos professores, disse nesta quinta-feira (21) o secretário municipal da Saúde.

"O prefeito Ricardo Nunes solicitou ao Ministério da Saúde a antecipação, o início da vacinação de reforço, para os profissionais da educação, para os professores", informou Edson Aparecido em entrevista ao Bom Dia São Paulo.

Em setembro, a Prefeitura de São Paulo pediu ao Ministério da Saúde a inclusão dos profissionais de saúde no grupo prioritário para receber doses de reforço da vacina, depois que a cidade registrou aumento da contaminação desses trabalhadores, principalmente que atuam na linha de frente da pandemia.

A gestão municipal foi atendida. O Ministério da Saúde iniciou a aplicação das doses de reforço nos idosos com mais de 70 anos e pessoas e pessoas com imunidade baixa (imunossuprimidos). Em seguida, a pasta incluiu os profissionais da saúde e, então, os idosos acima de 60 anos.

O pedido da Prefeitura de São Paulo pela antecipação do reforço para os profissionais da educação acontece no momento em que os estados brasileiros retomam as aulas presenciais para todos os alunos, todos os dias, tanto nas escolas públicas, quanto nas particulares.

No estado de São Paulo, o ensino 100% presencial e obrigatório foi retomado na segunda-feira (18), mas a medida não agradou a toda a comunidade escolar. O governo de São Paulo gastou apenas 20% da verba para adaptação das escolas, de modo que apenas 24% das unidades têm condições de atender os alunos durante a pandemia.

Pfizer anuncia eficácia de 95,6% da dose de reforço contra a Covid

Últimas doses da CoronaVac

Com o fim da parceria do Ministério da Saúde com o Instituto Butantan, a cidade de São Paulo recebeu na quarta-feira (20) o último lote de CoronaVac, com de 50 mil doses da vacina. O estado de São Paulo não possui contrato direto com instituto e recebia as doses do governo federal pelo Plano Nacional de Imunização.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a quantidade será suficiente para completar a imunização das 46 mil pessoas tomaram a 1ª dose de CoronaVac e que ainda precisam tomar a 2ª dose.

"Além dessas 4 mil doses que vão sobrar, temos cerca de 12 mil doses de CoronaVac guardadas. Ontem, prefeito Ricardo Nunes nos autorizou a utilizar essas doses remanescentes em alguns grupos menores como dose de reforço - os profissionais de segurança da GCM, os sepultadores e os fiscais das subprefeituras", anunciou Edson Aparecido nesta manhã.

O secretário acrescentou que vai reduzir o intervalo de aplicação da CoronaVac de 21 para 15 dias porque as doses precisam ser utilizadas o mais rápido possível depois que o frasco é aberto.

O Butantan continua produzindo os imunizantes para cumprir o contrato com outros estados, como Ceará, Espírito Santo e Piauí, e negocia com países da América Latina.

Apesar de ter sido alvo de bloqueio no governo federal, a CoronaVac foi decisiva na primeira etapa de controle da pandemia no Brasil, de acordo com especialistas.

Embalagens de CoronaVac — Foto: Cristine Rochol/PMPA