Por g1 Campinas e região


Segundo sindicato de delegados, as duas seccionais de Campinas operam com déficit maior que a média estadual — Foto: Fernando Evans/G1

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) aponta que a Polícia Civil de Campinas (SP) opera com déficit de policiais maior que a média estadual, que é de 35%. Segundo o levantamento, feito a partir de dados da própria Secretaria de Segurança Pública (SSP), a 1ª Seccional tem 38,7% das vagas previstas vagas, enquanto na 2ª Seccional o volume chega a 48,7%. A pasta defende que investe na categoria (veja nota abaixo).

Há déficit em todos os cargos. Dos 54 delegados previstos para atuar na área das duas seccionais, 40 das vagas estão ocupadas. Para os postos de escrivão e investigador, a ocupação fica na faixa dos 50% - confira a tabela:

Em nota, a presidente do Sindpesp, Raquel Kobashi Gallinati, critica a falta de investimento e destaca que equipes reduzidas, infraestrutura precária e sucateamento de viaturas e equipamentos "comprometem diretamente a qualidade de vida da população".

“O governo não investe na polícia que tem a capacidade de investigar e prender criminosos, muitas vezes evitando crimes antes que eles sejam executados. Quando alguém busca uma delegacia e sai insatisfeito após esperar horas para ser atendido por aquele único policial presente, o problema é o governo, que não contrata policiais suficientes e nem investe para que a polícia possa cumprir seu papel de proteger a sociedade”, diz Raquel.

Procurada para comentar os números e o posicionamento do sindicato, a SSP respondeu, em nota, "que investe continuamente na valorização e melhoria da carreira policial", na expansão das unidades, aquisição de armas, viaturas e equipamentos.

Ainda segundo a pasta, há policiais em formação e autorização do governo do estado por novos concursos para reforçar não só a Polícia Civil, como também a Polícia Militar e a Polícia Técnico-Científica.

Veja nota na íntegra:

"A Secretaria da Segurança Pública investe continuamente na valorização e melhoria da carreira policial e reajustou em 5% o piso salarial dos policiais. Além disso, equiparou o auxílio alimentação dos agentes, ampliou a bonificação por resultados, que passou a ser bimestral. Desde 2019, foram contratados mais de 10 mil policiais - 2.259 para a Polícia Civil, 7.729 para PM e 765 para Polícia Técnico-Científica. Foi publicado no Diário Oficial de ontem, a convocação para que 36 candidatos tomem posse hoje (15). Também há 81 novos policiais civis e 4.216 PM em formação nas academias e em breve atuarão em defesa da população paulista. O Governo do Estado também autorizou novos concursos para a contratação de mais 8.339 agentes - sendo 2.750 vagas para a Polícia Civil, 5.400 para Polícia Militar e 189 para Polícia Técnico-Científica.

A pasta também tem investido fortemente na capacitação dos policiais, na expansão das unidades e na aquisição de armas, viaturas e equipamentos de inteligência policial. As Policias Civil e Militar do Estado de São Paulo hoje contam com armamento de última geração, como pistolas semiautomáticas Glock calibre .40, fuzis .556 e .762, rifles de precisão, carabinas 12, entre outros armamentos para fazer frente ao crime organizado. Pela primeira vez na história, as forças de segurança contam com viaturas blindadas. São 175 em operação entre as policiais Civil e Militar e outras estão em aquisição".

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