10 filmes que falam de consumo

Uma reflexão sobre o consumo

Romance, violência, Bolsa de Valores, glamour, histórias adolescentes, briga de classes... O crítico de cinema André Miranda selecionou dez filmes, de diferentes gêneros, que levam a uma reflexão sobre o consumo, que vai das loucuras de compras fashionistas, passando pela perversidade em que pode se transformar o sistema bancário (quando não há o uso consciente do crédito) até uma viagem ao futuro e o preço do tempo. É uma mostra de como, às vezes, até sem que a gente perceba, o consumo e os direitos do consumidor estão no centro de uma diversidade de situações do dia a dia, muito além do momento em que se passa o cartão.

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"Os delírios de consumo de Becky Bloom" (2009)

Os salários no jornalismo geralmente não são lá grandes coisas. É lógico que uma jornalista consumista vai se dar mal. Baseado na série de livros da britânica Sophie Kinsella, a comédia "Os delírios de consumo de Becky Bloom" mostra os problemas causados pelos exagerados desejos de consumo da protagonista enquanto ela tenta um emprego numa revista.

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"Na roda da fortuna" (1994)

Na comédia dos irmãos Joel e Ethan Coen, um sujeito meio prego (Tim Robbins) é alçado ao posto de presidente de uma empresa para baixar o preço das ações -- o que, naturalmente, será vantajoso para o pilantra que armou esse esquema. Mas ele tem uma ideia que desencadeia uma onda consumista inacreditável na América: o bambolê.

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"As patricinhas de Beverly Hills" (1995)

Um dos mais famosos filmes sobre adolescentes, mostra, por um lado, a futilidade de jovens ricos e mimados. Por outro, sugere que há salvação para essa turma. Só que, enquanto não se chega a essa última conclusão, as várias cenas de consumo (de roupas, sobretudo) dão a entender que comprar é uma solução para muitos problemas.

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"Clube da luta" (1999)

'As coisas que você possui acabam possuindo você', diz Tyler Durden (Brad Pitt) para o narrador (Edward Norton), ao fim de uma conversa sobre consumismo em que são citadas revistas de celebridades, televisão com 500 canais e cuecas com nome no elástico. Com discurso anticonsumista, Tyler bota para quebrar no filme cult de David Fincher.

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"Psicopata americano" (2000)

Estrelado por Christian Bale, é um filme crítico aos excessos do capitalismo, o consumismo inclusive. O protagonista é um investidor milionário e vaidoso, que usa seus bens materiais para tirar onda e alimentar seu ego. Tem o mau hábito de matar mulheres e guardar os corpos, mas o gasto com as dezenas de camisas de marca é um crime mais chocante.

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"O preço do amanhã" (2011)

A criatividade das pessoas ao consumir é tão grande que tem gente que até mesmo vende ar ( glo.bo/1NtibGO ). Mas, por enquanto, só no cinema é possível comprar tempo de vida. O longa-metragem se passa num futuro distópico, em que a rapaziada tem um relógio biológico no braço e faz negócio com os dias, meses e anos que lhe restam.

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"The girl from Monday" (2005)

O cineasta indie Hal Hartley imaginou, na ficção científica "The girl from Monday", uma Nova York tomada pela ditadura do consumo: até mesmo as pessoas são vistas como commodities, com cotações na bolsa de valores conforme o número de parceiros sexuais que elas têm.

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"Os homens preferem as loiras" (1953)

Em tempos de empoderamento feminino, um filme embalado por "Diamonds are a girl's best friend" não teria uma carreira fácil. Mas, nos tempos de Marilyn Monroe, a comédia de Howard Hawks fez um sucesso estrondoso. O enredo trata de duas cantoras, uma com o sonho de se casar com um sujeito rico para subir na vida e poder comprar muito ouro. "Inshalá"!

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"Amor por contrato" (2009)

Com David Duchovny e Demi Moore como os pais, a família Jones é perfeita, das que causam inveja nos vizinhos. Mas, até mesmo a inveja pode ter objetivos mercantilistas. Os Jones, na verdade, são funcionários de uma empresa de marketing que os usa para fazer propaganda. De camisetas a óculos, todo mundo quer comprar o que os Jones vestem.

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"Surplus" (2003)

Documentário do diretor sueco Erik Gandini, "Surplus" viaja o mundo para mostrar o quanto o excesso de consumismo está presente e pode ser nocivo para diversas sociedades.

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