A empresária Laís Araújo Barbieri tem uma franquia de chás importados dentro de um shopping em São Paulo. As embalagens custam a partir de R$ 35. O negócio estava prestes a completar cinco meses de operação, quando veio o susto.

“Pegou a gente bastante de surpresa, porque estávamos saindo de uma temporada de movimento mais baixo pós-Natal, e era quando a gente estava esperando que as vendas fossem dar uma retomada. E a gente se viu com o cenário da loja fechada”, conta ela.

Além da negociação entre shoppings e lojas para reduzir custos, a franqueadora tomou algumas medidas para ajudar suas 25 unidades franqueadas.

Uma das medidas foi a criação de cupons de desconto para cada loja levar o seu cliente ao e-commerce da marca. O frete é grátis. A loja ganha uma comissão pela venda gerada pelo cupom. A rede também digitalizou todas as operações.

“Elas passam a ter uma ferramenta em que vão usar tanto WhatsApp, Messenger, Instagram e Skype como ferramenta para gerar vendas para sua base de clientes. Pode disponibilizar nosso catálogo de produtos e efetuar vendas com meios de pagamento”, explica o franqueador Eduardo Jardim.

A estratégia de Laís Barbieri foi trazer de 30% a 40% do estoque da loja para casa dela. Isso para facilitar a logística das vendas que agora são feitas só pelos canais digitais.

“A gente teve uma redução de 80% a 90% do volume de vendas. Temos trabalhado na base de clientes que eram nossos e temos conseguido captar alguns clientes novos, mas em velocidade pequena. Nada que se compare com a loja física”, comenta a empresária

A empresária faz as entregas para clientes perto de onde ela mora. Outros pedidos são entregues por uma empresa.

Agora ela conta com mais um reforço para as vendas. A rede antecipou o lançamento de produtos. E o aplicativo, que antes era usado só para treinamento, agora dá suporte à todas unidades franqueadas.

“Desenvolvemos com um parceiro um aplicativo que passa a informação por ele e capacitamos a equipe toda sobre os mesmos problemas e resolução”, explica Jardim.

Todas essas medidas deixaram Laís Araújo Barbieri e os demais franqueados, confiantes na recuperação dos negócios.

“Infelizmente a gente teve uma redução nas vendas, mas a gente tá conseguindo segurar as pontas”, afirma a empresária.

“São atitudes que não vão acabar com o problema, mas vão ajudar a gente daqui pra frente cada vez mais”, avalia Jardim.