O Procon do Estado de São Paulo informou que notificou nesta terça-feira o Facebook, pedindo esclarecimentos sobre a causa do apagão do serviço de mensagens WhatsApp. A falha afetou usuários de todo o mundo por sete horas, na tarde da segunda-feira (4). As redes sociais Instagram e Facebook também saíram do ar pelo mesmo período.
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“Muitas pessoas sofreram prejuízos em razão da prestação deficiente do serviço”, disse Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP, referindo-se ao WhatsApp.
“Somente em caso fortuito externo, como um terremoto ou evento muito forte, poderá isentar o WhatsApp de responsabilidade”, disse em comunicado por vídeo. “Falhas internas não eximem a responsabilidade da prestadora de serviço”.
Capez também alertou que o consumidor que se sentir prejudicado com a falha do serviço deve aguardar as informações prestadas pela empresa ao Procon-SP, “eventualmente aplicando multa, ou não, o que definirá a responsabilidade por eventuais danos morais e materiais sofridos”.
O Facebook informou nesta terça que as falhas foram causadas por um problema de configuração de roteadores centrais, que coordenam o tráfego de rede entre os data centers. “Essa interrupção no tráfego de rede desencadeou um efeito cascata na maneira como nossos data centers se comunicam, interrompendo nossos serviços”, disse a empresa em comunicado. No dia da pane, a companhia perdeu US$ 47,3 bilhões em valor de mercado.
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Na noite de segunda-feira, o Facebook afirmou que o apagão em suas redes, incluindo o Instagram, foi causado por erro durante mudança em suas configurações. A rede confirmou que apagão foi consequência de um problema interno, não de um ataque hacker.
A falha ocorreu em estrutura que coordena o tráfego entre seus centros de dados, o que gerou um efeito cascata. "A causa dessa interrupção também afetou muitas ferramentas e sistemas que utilizamos em nossas operações diárias, complicando nossas tentativas de diagnosticar e resolver o problema rapidamente", informou a plataforma.
Segundo o Facebook, não há evidências de vazamentos de dados durante o apagão. Mas a rede não divulgou quantos dos mais de 2,7 bilhões de usuários foram afetados. Em nota, a empresa fundada Mark Zuckerberg pediu desculpas pelo apagão.