Beleza
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Por Olga Penteado


(Foto: Foto: Fernando Gomez/Beauty Trotter) — Foto: Vogue

Não vivemos mais a ditadura da magreza, o que é uma ótima notícia. Por outro lado, é fato que o excesso de gordura corporal está relacionado com doenças como diabetes, cardiopatias, hipertensão, colesterol alto e até mesmo alguns tipos de câncer.

Não estamos falando de um ou dois quilinhos a mais que dificultam subir o zíper do jeans, mas de quadros de sobrepeso (IMC / Índice de Massa Corporal acima de 25) e de obesidade (IMC a partir de 30). Maus hábitos alimentares são os grandes responsáveis pelo excesso de peso, sobretudo os alimentos supercalóricos. “Assim como o álcool e outras drogas psicoativas geram uma dependência, os alimentos, dependendo da quantidade que são ingeridos, também.

Qualquer alimento calórico ingerido todos os dias se torna um vício, já que o nosso cérebro entende que precisamos dele diariamente”, diz Gladia Bernardi, nutricionista funcional e autora do livro Código Secreto do Emagrecimento (editora Gente). “É preciso eliminar os chamados ‘gatilhos mentais’ que nos impedem de emagrecer”, acrescenta a especialista, que ensina alguns passos para reprogramar os pensamentos e conquistar uma relação saudável com a comida.

Aprenda a comer por necessidade e não por gula
“Comer é uma necessidade fisiológica, precisamos dos alimentos para sobreviver e gerar energia para o dia a dia, mas ninguém vai morrer se não comer um doce”, afirma Gladia Bernardi. O ideal, segundo ela, é encontrar o equilíbrio à mesa, e, assim, poder comer um chocolate sem culpa. “Mas que fique claro que chocolate não mata fome, saboreá-lo será um momento de escapar da rotina”, reforça. Não é necessário, portanto, abrir mão de ingerir alimentos calóricos para o resto da vida, contanto que o consumo seja consciente.

Não deixe que a comida se torne protagonista nos encontros sociais
É comum que as pessoas marquem happy hour ou jantar com os amigos no final do expediente. Mas você já parou para pensar que, na verdade, o que deveria ser um momento descontraído de conversas, acaba sendo uma oportunidade para comer demais alimentos calóricos? Pois é, quem nunca abusou dos petiscos e drinks no bar? “Precisamos mostrar para o nosso cérebro que o mais importante é a companhia dos amigos. A comida é uma consequência -- coma apenas o necessário para o seu corpo”, diz a nutricionista.

Não desconte ansiedade nos alimentos calóricos
Está ansiosa porque vai encontrar o crush? Ou com medo da entrevista de emprego na segunda-feira? Ansiedade e medo em doses pequenas são normais -- garantiram que a nossa espécie chegasse até aqui --mas o que não pode é descontar as emoções nos alimentos. “Do mesmo modo que um fumante desce toda hora para aliviar o seu estresse do trabalho no cigarro, uma pessoa obesa que apresenta uma mente com vários gatilhos vai querer comer um doce antes de enfrentar os problemas da vida. E isso, com o decorrer do tempo, o hábito se torna um vício, já que o cérebro vai entender que é preciso comer muito quando se está ansioso”, alerta a nutricionista.

Livre-se de hábitos que já se tornaram vícios
Saber identificar os seus vícios alimentares como doce, pão, pizza, sushi, churrasco, seja lá qual for, é essencial para alcançar o peso desejado definitivamente. “O seu corpo não necessita desses alimentos para sobreviver, mas a sua mente acredita que sim, por conta do alto consumo, que virou hábito e, posteriormente, um vício. Minha dica, nesses casos, é cortar aos poucos: ao invés de comer todos os dias, consuma uma ou duas vezes por semana, depois uma vez ou duas por mês e assim por diante”, sugere Gladia Bernardi.

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