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LAVA-JATO

Pezão afirma que delação de Cabral foi combinada

Luiz Fernando Pezão

O ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fenando Pezão afirmou hoje que Sergio Cabral e outros dois colaboradores, Carlos Miranda e Sérgio de Oliveira Castro, combinaram as versões de suas colaborações no Complexo Penitenciário de Bangu. Pezão disse isso durante uma audiência, em que participou como testemunha, no âmbito da operação Furna da Onça, da Lava-jato fluminense.

O ex-governador disse ter certeza que a delação foi combinada na cadeia. Antes de terminar seu raciocínio, foi interrompido. O procurador Carlos Aguiar reagiu dizendo que Pezão estava fazendo "juízo de valor sobre as colaborações". Já o juiz Marcelo Bretas informou a Pezão que não cabia a ele, como testemunha, avaliar se a colaboração "é correta ou justa". E o lembrou que "é preciso ter cuidado quando se afirma que certa irregularidade aconteceu porque é preciso provar".

Ao ser questionado pelo advogado de Sergio Cabral, Marcio Delambert, se poderia citar quem o informou que houve combinação de versões, Pezão não citou nomes e disse que foram diversas pessoas, incluindo muitos políticos, mas mudou o tom e disse que poderia ser uma suposição e não teria como afirmar se a combinação de fato aconteceu.

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