Os incêndios que atingem a costa oeste dos Estados Unidos desde agosto, em especial a Califórnia, viraram tema da disputa eleitoral nesta segunda-feira, com o presidente americano, Donald Trump, e Joe Biden, trocando farpas e divergindo sobre quem são os responsáveis pela tragédia.
Em um discurso realizado em Delaware, Biden atacou o adversário por se negar a reconhecer o papel da mudança climática nos incêndios. Já Trump, que visitou a Califórnia nesta segunda, apontou a gestão das florestas como fator essencial para controlar as chamas.
Mais de 30 pessoas morreram nos incêndios que atingem os Estados da Califórnia, Oregon e Washington desde agosto. Dados dos governos estaduais apontam que uma área superior a 1,6 milhões de hectares já foi destruída pelas chamas.
Biden afirmou que a mudança climática é um “desafio existencial” que definirá o futuro dos EUA e questionou quanta destruição os incêndios causarão se Trump continuar no poder por mais quatro anos.
Na visita à Califórnia, o presidente americano participou de uma reunião com o governador do Estado, o democrata Gavin Newson, além de representantes dos bombeiros e da defesa civil sobre a situação na região.
Em determinado momento da reunião, o secretário de Recursos Naturais da Califórnia, Wade Crowfoot, pediu mais ação federal para evitar que o aquecimento global provoque novas queimadas.
“Vai começar a ficar mais frio, você vai ver”, disse Trump ao secretário estadual, que respondeu: “Espero que a ciência concorde com você”. O presidente americano, então, emendou: “Bem, eu não acho que a ciência saiba, na verdade.”
Antes da visita de Trump, a Casa Branca informou que o governo apoia a resposta emergencial dos Estados aos incêndios. Ao longo do fim de semana, a Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema) levou equipamentos para ajudar as equipes que combatem o fogo no Oregon e na Califórnia.