BRASÍLIA - O número dois da embaixada da China no Brasil, Qu Yuhui, saiu em defesa do país nesta sexta-feira por causa da polêmica em relação às queimadas na Amazônia. Além de elogiar a política ambiental brasileira, Qu Yuhui disse que seu país teria interesse em negociar um acordo de livre comércio com o Brasil.
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- Por enquanto, não temos estudos a respeito [de um acordo bilateral], mas achamos que poderia ser útil e interessante para os dois lados. Estaríamos dispostos a fazer algo nesse sentido - afirmou o diplomata chinês.
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Ao falar sobre os incêndios florestais - e, nesse caso, deixando claro que não estava falando por Pequim, mas dando uma opinião pessoal - o ministro conselheiro da embaixada afirmou que a política ambiental do Brasil tem sido consistente e uma das mais rigorosas do mundo. A crise pela qual passa o país, a seu ver, foi "fabricada".
- Se não for o mais rigoroso, o Brasil é um dos países mais rigorosos nessas questões.
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Perguntado se a China poderia adotar algum tipo de restrição às exportações brasileiras, por causa do desmatamento, ele respondeu:
- O que conta é a competitividade do produto.
O diplomata chinês falou também sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Segundo ele, o Brasil vem se beneficiando, no momento atual, vendendo mais soja e outros itens para seu país. Mas os ganhos não serão duradouros.
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- Uma guerra comercial não é algo bom para nenhum país. Os ganhos são provisórios - afirmou.