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Por Jornal Nacional


Grau de inovação de industrias brasileiras é baixo ou muito baixo

Grau de inovação de industrias brasileiras é baixo ou muito baixo

Uma pesquisa entre os empresários da indústria brasileira constatou um problema em comum no setor: falta inovação.

A fábrica de tintas tem luz natural, o pó que iria para atmosfera é recolhido e reaproveitado. As máquinas ganharam motores mais eficientes. Um investimento de R$ 15 milhões num programa permanente que envolve todos os funcionários.

“Há um compromisso de todo o pessoal da fábrica, não só da fábrica, mas de todos os adeptos da empresa para com o tema da inovação e da ecoeficiência”, explicou Marcos Allemann, vice-presidente do negócio de tintas.

Em um tanque misturador de tintas, a semana começa com cores claras e termina com as escuras. Isso facilita o processo de limpeza do tanque na troca das tintas. É inovação que gera economia, facilita a criação de novos produtos e reduz o impacto ambiental. Inovar é algo fundamental em qualquer setor, mas distante, neste momento, da realidade de muitas empresas brasileiras.

Elas lutam para escapar de mais uma recessão e têm dificuldade para alocar recursos para pesquisa e desenvolvimento.

Líderes de cem empresas, ouvidos pela Confederação Nacional da Indústria, afirmam que temos um grau de inovação baixo ou muito baixo. Entre os motivos alegados, dificuldade para se encontrar linhas de financiamento e seu alto custo e a falta de recursos e de pessoal qualificado, mesmo que os cursos de engenharia, na opinião dos empresários, tenham alcançado a melhor pontuação do questionário.

Somados os recursos públicos e privados, aplicamos pouco em pesquisa. Apesar de terem crescido desde o ano 2000, houve queda no último registro. Se comparado às grandes nações, o Brasil aparece bem abaixo do volume investido, e também fica lá atrás quanto ao percentual em relação ao PIB.

Segundo a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, o Brasil, a nona maior economia do mundo, aparece muito mal no Índice Global de Inovação.

“No Brasil, o gasto em pesquisa e desenvolvimento é considerado, de fato, um gasto. Sendo que nos países mais desenvolvidos isso é um investimento. Isso muda completamente a forma como esses recursos são priorizados dentro de uma estratégia de desenvolvimento de país”, explicou Gianna Sagazio, diretora de Inovação da CNI.

Segundo Glauco Arbix, professor e coordenador do Observatório da Inovação da USP, uma explicação poderia ser a nossa sequência de crises econômicas. O empresário tem medo de buscar inovação tendo outras prioridades.

“Tem que haver uma ação conjunta entre as empresas, o governo e as universidades, claro, tem outros atores também em tudo quanto é área, mas esses são os três pilares que, no mundo todo, eles se dão as mãos para fazer a economia se torna mais eficiente, mais produtiva e mais competitiva, é o que gera emprego e renda”, disse.

Um dos destaques da feira de inovação é o consultório de dentista portátil. O equipamento é completo para levar saúde bucal a asilos e locais distantes.

“É saber correr o risco, eu acredito. Muitas vezes, se você não dá um passo à frente, você não inova. E acreditar naquilo que você está projetando, aquilo que você está fazendo”, disse o diretor comercial da empresa, Persio Farah Serednicki.

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