10/09/2015 12h12 - Atualizado em 10/09/2015 13h36

Ação autua 183 dragas por extração ilegal de ouro no Rio Madeira, em RO

Operação Azougue vai retirar embarcações de área de proteção ambiental.
Responsáveis por dragas podem ser presos e levados para a Polícia Federal.

Ísis CapistranoDo G1 RO

Operação Azougue (Foto: Ísis Capistrano/G1)Operação Azougue teve início na manhã desta quinta-feira, 10 (Foto: Ísis Capistrano/G1)

A Secretaria de Segurança Pública de Rondônia, em parceira com outros órgãos de fiscalização, realiza, desde o início da manhã nesta quinta-feira (10), a Operação Azougue, para combater a extração ilegal de ouro no Rio Madeira, em Porto Velho. Na ação, 183 dragas que estão dentro de uma Área de Preservação Ambiental (APA) serão atuadas para deixar o local. Algumas embarcações poderão ser apreendidas e os responsáveis presos e levados para a Polícia Federal.

Até as 10h30 (horário local), 10 dragas haviam sido apreendidas e vinte pessoas tinham sido detidas. As embarcações serão retiradas da água. Já as dragas que forem notificadas terão que sair da APA ainda hoje. Caso não deixem o local dentro do prazo, as embarcações também serão apreendidas e removidas do rio. "Essas embarcações não têm autorização de garimpo em área de proteção, então todas estão irregulares", explicou o gerente de fronteiras da Secretaria de Segurança Pública, André Luiz Glanert.

Operação Azougue (Foto: Ísis Capistrano/G1)Draga é apreendida e pessoas são detidas na
Operação Azougue (Foto: Ísis Capistrano/G1)

Em uma das abordagens nesta manhã, o funcionário de uma draga garantiu que não a embarcação não realizava garimpagem no rio. No entanto, os agentes da Marinha decidiram apreender o veículo. “O motor está quente e o tapete de peneira está molhado. A mangueira da draga também está presa no fundo do rio, isso é outro indício. Se a mangueira de sucção está lá embaixo, significa que estavam dragando o material no fundo do rio”, explicou o militar Luiz Cláudio Lima.

A área de preservação onde a extração de minérios é proibida tem extensão de aproximadamente 10 quilômetros e se estende do entorno das usinas hidrelétricas até a curva do Belmont. Após esse trecho, o garimpo é permitido. De acordo com Glanert, no local, os garimpeiros estão filiados a cooperativas que recolhem impostos e os empregados não trabalham clandestinamente, atuando com cuidados para não poluir o rio com materiais como diesel e mercúrio.

O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos dos Reis, explica que outras operações foram realizadas para combater o garimpo ilegal no Rio Madeira, mas não surtiram o efeito esperado. "Os órgãos [de fiscalização] agora se reuniram para definir quais seriam as ações em relação a esse problema. Uma das primeiras medidas é unir forças", disse.

A operação, que deve ser concluída às 18h desta quinta, é realizada em conjunto pela Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Exército, Marinha, Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sedam), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Sociedade de Porto e Hidrovias e do Estado.

Barco que estava próximo a draga foi abordado pela Marinha  (Foto: Ísis Capistrano/ G1)Barco que estava próximo a draga foi abordado pela Marinha (Foto: Ísis Capistrano/ G1)
Marinha fiscaliza documentos de embarcação  (Foto: Ísis Capistrano/ G1)Marinha fiscaliza documentos de embarcação (Foto: Ísis Capistrano/ G1)
Draga, barco e embarcação da Marinha (Foto: Ísis Capistrano/ G1)Barco e draga abordados, ao lado de embarcação da Marinha (Foto: Ísis Capistrano/ G1)
Vinte pessoas foram detidas na operação até as 10h  (Foto: Ísis Capistrano/ G1)Até 10h30, vinte pessoas foram detidas na operação (Foto: Ísis Capistrano/ G1)

 

 

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