Rio

Grupos pedem intervenção militar e monarquia durante desfile de Sete de Setembro no Centro

Durante evento, que acontece na Avenida Presidente Vargas, muitos aplaudiram o deputado Flávio Bolsonaro e vaiaram prefeito Marcelo Crivella
Faixa agradece aos militares durante desfile cívico no Centro do Rio Foto: Pablo Jacob / O Globo
Faixa agradece aos militares durante desfile cívico no Centro do Rio Foto: Pablo Jacob / O Globo

RIO — Com vaias ao prefeito Marcelo Crivella e, principalmente, aplausos ao deputado federal Jair Bolsonaro em sua abertura, o desfile em homenagem aos 195 anos da Independência do Brasil, na Avenida Presidente Vargas, começou por volta das 9h. Entre o público que acompanhou o evento, foi possível ver diversos cartazes que pedem intervenção militar e "faxina geral". Uma faixa pendurada na Avenida Presidente Vargas agradece ainda aos militares "por ajudarem a construir um Rio mais pacífico". Houve, também, a presença de com blusas e bandeiras em defesa da Monarquia.

Ao todo, quatro mil pessoas participaram do desfile. Ao todo, foram três mil militares, 500 estudantes e 500 civis, de acordo com o Comando Militar do Leste. A Atleta Poliana Okimoto, medalhista olímpica de bronze na maratona aquática, chegou com o fogo símbolo da Pátria, e coube ao diretor de operações da liga de defesa nacional, Sidney Monteiro, acender a pira que fica em frente ao Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio.

— Tenho orgulho muito grande de ser atleta militar e de estar aqui hoje representando os atletas. É um momento de glorificar a nossa pátria. A gente leva a bandeira do Brasil lá fora. O programa de rendimento do exército é muito importante. As forças armadas tem ajudado muito no crescimento de vários esportes. Temos mais recursos, os locais de treinamento nas bases das forças armadas. Temos apoio nas competições — afirmou Poliana Okimoto.

De acordo com as Forças Armadas, o desfile tem por objetivo estimular o patriotismo entre os cidadãos.

— O desfile cívico do Dia da Pátria é uma festa de todo o Brasil, de todo o povo brasileiro. Aqui no Rio tem uma característica importante que é a tradição. O desfile acontece desde o Império, desde que foi proclamada a Independência do Brasil. Apesar das transferência da capital para Brasília, o desfile do Rio sempre foi muito tradicional, por isso ele é mantido — disse o porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), Coronel Itamar.

O porta-voz do CML comentou, também, a presença de faixas agradecendo a atuação das Forças Armadas junto aos órgão de segurança do Rio em operações integradas. Segundo ele, o sentimento mais importante nesse momento é o de "alegria e paz":

— O povo brasileiro construiu uma nação que tem 195 anos de história. Uma nação livre, democrática e que comemora o seu aniversário com alegria e em paz. Esse é o sentimento mais importante nesse momento. As Forças Armadas participam desse momento com todo o povo brasileiro que comemora esse aniversário, e assim tem que ser para que possamos construir um país cada vez melhor.

Manifestantes pedem intervenção militar no desfile de Sete de Setembro Foto: Analice Paron / Agência O Globo
Manifestantes pedem intervenção militar no desfile de Sete de Setembro Foto: Analice Paron / Agência O Globo

Participam, também, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Rodoviária Federal, a Guarda Municipal, ex-combatentes dá Força Expedicionário Brasileira e alunos de escolas militares e municipais. O secretário estadual de Segurança do Rio, Roberto Sá, acompanha o desfile.

RUAS INTERDITADAS NO CENTRO

Desde o início da manhã desta quinta-feira diversas ruas no Centro do Rio foram interditadas para o desfile, liberadas por volta das 13h. Durante o fim desta madrugada e início da manhã, a circulação de veículos já era intensa em vias do Centro, como as ruas Benedito Hipólito e Marquês de Pombal. Isso após os bloqueios serem realizados. Agentes da CET-Rio orientam o trânsito.

Foram bloqueados os dois sentidos da pista central Avenida Presidente Vargas. No sentido Zona Norte-Centro, as interdições da pista central vão da agulha próxima ao prédio dos Correios até a Avenida Rio Branco, enquanto a pista lateral terá bloqueios que começam nos acessos às ruas Carmo Neto e Benedito Hipólito e vão até à Avenida Rio Branco. Já no sentido Centro-Zona Norte, a Presidente Vargas ficará interditada no trecho entre a Rio Branco e a Rua de Santana.

Outras vias da região central da cidade também foram fechadas por conta do desfile cívico. É o caso da Rua Benedito Hipólito, entre a Rua Marquês de Pombal e a Rua de Santana; da Rua Irineu Marinho e da Rua de Santana. A Rua Moncorvo Filhos será bloqueada no trecho entre a Rua General Caldwell e a Praça da República, assim como a Praça da República, entre a Rua Frei Caneca e a Avenida Presidente Vargas.

Houve bloqueios ainda na Rua Tomé de Souza, entre a Rua Buenos Aires e a Avenida Presidente Vargas; na Rua dos Andradas, entre as ruas Buenos Aires e da Alfândega; na pista central da Avenida Presidente Antônio Carlos, entre a Avenida Presidente Wilson e a Rua Santa Luzia; e na Marquês de Sapucaí, entre a Rua Benedito Hipólito e a Avenida Presidente Vargas.

Também é proibido trafegar pela pista central da Avenida Presidente Vargas, entre as ruas Santa Luzia e a Araújo Porto Alegre, e pela Praça Pio X, na Candelária. A Avenida Almirante Barroso sofrerá interdições no trecho entre as avenidas Rio Branco e Presidente Antônio Carlos (pista sentido Presidente Antônio Carlos), assim como a Avenida Rio Branco, no trecho entre a Presidente Vargas e a Rua Araújo Porto Alegre.

Motoristas deverão evitar a Praça Barão de Ladário, entre as ruas Visconde de Itaboraí e Primeiro de Março (lado oposto ao 1º Distrito Naval); e a Rua Uruguaiana, no trecho entre a Avenida Marechal Floriano e a Rua da Carioca. A Avenida Marechal Floriano no sentido Centro-Zona Norte terá bloqueios no sentido Praça da Bandeira, entre as ruas Camerino e Acre. No trecho entre a Rua Camerino e Praça Procópio Ferreira, a interdição da avenida será total.