RIO — Atração principal de festival que se preza, os Red Hot Chili Peppers não decepcionaram como número de encerramento do
Rock in Rio
2017. Com 34 anos de experiência nas costas, eles jogaram para a galera, sim. Fizeram um show calcado em hits — quase todos da segunda fase da carreira, pós-1999 — e em sua descontração no palco, com algumas poucas mas boas surpresas.
A noite começou com um groove de baixo de Flea ao qual se juntaram a bateria de Chad Smith e a guitarra de Josh klinghoffer (que veio de munhequeira verde e amarela). Logo, ele virou um animado duelo do guitarrista com baixista (que deu um salve para os amigos do Sepultura) — foi a traquinagem antes da primeira música de fato, "Can't stop", quando quando Anthony Kiedis entrou para cantar um daqueles refrãos gigantes que iriam marcar a primeira parte do show.
Mesmo com um som criminosamente baixo, o Offspring pode se orgulhar de ter batido um recorde no RiR: a formação da maior roda de pogo do mundo. Com uma hora de show em que enfileirou um sucesso atrás do outro, o quarteto da Califórnia produziu mais suor do que qualquer outra banda do RiR.
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Sepultura
A banda resolveu usar a sua apresentação de 2017 para apresentar em grande estilo o repertório de seu novo álbum, o ambicioso (e bom) "Machine messiah", além de mergulhar sem medo no passado. Com show coeso e variado, Sepultura prova que é capaz de se reiventar.
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Capital Inicial
De alguma forma, a banda de Brasília conseguiu unir a afetação do vocalista e dos arranjos de classic rock de arena para convencer, com sucesso, um público de gosto médio. Sob um olhar cuidadoso, porém, o repertório não se sustenta e revela a fragilidade ideológica da banda.
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Republica
Banda paulistana de metal sofre com falta de público (que se transferiu para o show surpresa da banda Raimundos) e problemas técnicos no som no início do show, mas demonstra profissionalismo e musicalidade em uma das poucas apresentações solo do Palco Sunset.
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Dr. Pheabes e Supla
Grupo de hard rock Dr Pheabes se juntou a Supla no Palco Sunset e fez um show previsível, mas que agradou os roqueiros que aguardavam bandas como Sepultura.
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Em mais uma demonstração da atenção que o festival deu, neste ano, para a cena vibrante e de qualidade que vem arrastando ótimos públicos por festivais independentes do país, a banda provou seu valor num show cheio de bateção de cabeça, coros, riffs e rodinhas.
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Leia as críticas da segunda semana do Rock in Rio 2017
Na segunda semana de Rock in Rio, o rock n' roll chegou ao festival, levando muita bateção de cabeça e roupas pretas para a Cidade do Rock. Artistas como Alice Cooper, Aerosmith, The Who e Guns n' Roses representaram o gênero que dá nome ao evento.
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Leia as críticas do primeiro fim de semana do Rock in Rio
Na semana passada foi o pop que agitou os palcos da Cidade do Rock com estrelas internacionais como Justin Timberlake, Maroon 5 e Pet Shop Boys, além de nomes nacionais como Ivete Sangalo, Elza Soares e Skank. O show Nile de Rogers & The Chic foi considerado um dos melhores da edição deste ano até o momento.
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"Snow" (do disco Stadium arcadium", de 2006) abriu a série de rocks mornos, para o povo cantar junto, como "The Zephyr song", "Dark necessities", esse do novo disco, e "The getaway". "Did I let you know", de "I'm with you" (2011), manteve a cálida temperatura com seu sabor latino acentuado por um trumpete. A quebra veio com os ácidos Stooges de "I wanna be your dog", usados como introdução do balanço discoteque "Right on time", que desembocou na simpática "Go robot" do novo disco. Bom baile.
Uma longa introdução de Josh e Flea (que parecem adorar estender as canções) retardou a chegada do hit "Californication", canção triste-alegre indispensável nos shows do Red Hot Chili Peppers - hora em que a plateia cantou a plenos pulmões.
Mas logo a coisa mudou de figura e a apresentação tomou outros rumos com o funk pesado de "Sir psycho sexy", pérola slystoniana de "Blood sugar sex magic" (1991). O disco ainda forneceu as duas seguintes: o racha-assoalho "The power of equality" (bela surpresa para quem queria ver o velho e apimentado Red Hot de Flea, Chad e Kiedis) e a óbvia "Under the bridge", a super balada que levou a banda ao estrelato.
Porta aberta, só restou ao RHCP mandar hits: o parrudo-melódico "By the way" foi recebido aos gritos no fim do show. E o bis, que começou com "Goodbye angels", tristinha do novo disco, dobrou a esquina na sexualidade funk de "Give ir away" (do disco de 1991), já com um Anthony Kiedis sem camisa, convocando geral para um bacanal. Meio como nos velhos tempos.