Política

Tribunal mantém prisão preventiva de Palocci na Lava-Jato

Desembargadores citam risco de fuga e lavagem de dinheiro; defesa nega

O ex-ministro Antonio Palocci, preso na Lava-Jato, foi condenado a 12 anos e dois meses de prisão (20/04/2017)
Foto: Reprodução/JFPR
O ex-ministro Antonio Palocci, preso na Lava-Jato, foi condenado a 12 anos e dois meses de prisão (20/04/2017) Foto: Reprodução/JFPR

SÃO PAULO - O ex-ministro Antonio Palocci deverá continuar preso em Curitiba, decidiu nesta quarta-feira o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Os três desembargadores da 8ª turma entenderam que a prisão deve ser mantida porque os valores que teriam sido obtidos nos crimes a que o petista responde ainda não foram sequestrados pela Justiça.

Segundo os desembargadores, há “risco de novos atos de lavagem de dinheiro, bem como risco de fuga”. Já a defesa de Palocci argumentou que não há risco concreto de fuga, nem provas de que o ex-ministro tenha dinheiro em contas no exterior. Para os advogados, não há requisitos para manter a prisão preventiva e estaria ocorrendo uma antecipação da pena.

Relator dos processos da Lava-Jato na segunda instância, o desembargador João Pedro Gebran Neto afirmou que os requisitos para a prisão foram reforçados pela sentença dada pelo juiz Sergio Moro em 26 de junho, que condenou Palocci a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O processo em que Palocci foi condenado envolve contratos da Odebrecht com a Petrobras e pagamentos feitos no exterior ao marqueteiro do PT, João Santana, e sua mulher, Mônica Moura. O ex-ministro está preso desde setembro do ano passado. Ele ainda responde a outra ação penal.