Rio

Forças Armadas podem ficar no Rio até o fim de 2018

Homens do Exército já começaram a patrulhar as vias do Rio
Cerca de cem homens do Exército na Rodovia Washington Luís Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo
Cerca de cem homens do Exército na Rodovia Washington Luís Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo

RIO - O decreto assinado pelo presidente Michel Temer que autoriza a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio autoriza o emprego das Forças Armadas na segurança do Rio até 31 de dezembro deste ano. Apesar do prazo, o governo federal garantiu que a medida será renovada até o fim de 2018, como já havia sido dito nos últimos dias.

Com o decreto, os militares terão poder de polícia. Os homens das Forças Armadas já começaram a patrulhar vias do Rio. Há bloqueios na Linha Vermelha, no Arco Metropolitano e na Rodovia Washington Luiz, via expressa que corta vários municípios da Baixada Fluminense e que tem sofrido com ataques, principalmente, a caminhoneiros que fazem transporte de carga no estado.

Forças Armadas terão 10 mil homens nas ruas. DO publicou autorização, e militares já estão na cidade.
Forças Armadas terão 10 mil homens nas ruas. DO publicou autorização, e militares já estão na cidade.

O ministro da Defesa Raul Jungmann afirmou que o foco das ações será a inteligência. Ele observou que, desta vez, pretende golpear o crime organizado porque, no passado, os indicadores de criminalidade caíam com a presença dos militares, mas voltavam a subir com a saída das tropas federais. Jungmann lembrou que isso acontecia porque era usada a lógica do policiamento ostensivo, mas que, agora, o enfrentamento será para desarticular as quadrilhas, principalmente, de tráfico de drogas e de roubo de cargas.

O presidente Temer, em sua conta no Twitter, falou sobre a assinatura da GLO, afirmando que o objetivo é dar mais tranquilidade para a população do Rio . Em um vídeo, ele disse ainda que a insegurança traz angústia a todo o país. O Palácio do Planalto prometia um plano para conter a crise nas ruas do Rio há mais de dois meses.

— O agravamento da situação da segurança pública está no centro de nossas preocupações — declarou o presidente, em vídeo divulgado enquanto voava para São Paulo.