Política

PSOL vai à Justiça tentar anular decisão da Alerj

Partido também vai levar caso de Picciani, Melo e Albertassi ao Conselho de Ética da assembleia
O plenário da Alerj durante votação sobre a prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo/17-11-17
O plenário da Alerj durante votação sobre a prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo/17-11-17

RIO - O PSOL vai à Justiça para tentar a anulação da sessão da Assembleia Legislativa do Rio ( Alerj ) que revogou a prisão preventiva e suspendeu o afastamento do mandato dos deputados Jorge Picciani , presidente da Alerj, Paulo Melo e Edson Albertassi , todos do PMDB.

No entendimento do PSOL, o fato de as galerias do plenário, inicialmente, terem permanecido fechadas ao público, e a falta de publicação, no dia anterior, da convocação da sessão em Diário Oficial, são motivos para tornar a sessão nula. Segundo o PSOL, o aviso foi feito apenas em uma versão do Diário Oficial publicada nesta sexta-feira, o que, para a legenda, contraria o regimento.

Além disso, o partido vai entrar com uma representação no Conselho de Ética da Casa pedindo que a conduta dos três deputados seja investigada.

PUNIÇÃO A DEPUTADO

O partido anunciou também que afastou o deputado Paulo Ramos, que votou a favor da soltura de Picciani, Melo e Albertassi. Durante a reunião da CCJ da Alerj, ele fez uma defesa enfática da libertação dos deputados, criticando a atuação do Judiciário.

Segundo nota da Executiva estadual do partido, Paulo Ramos " se colocou ao lado da máfia dos transportes e das empreiteiras" e "perdeu as condições de permanecer nas fileiras do partido".

O deputado Paulo Ramos declarou que já "estava fora" do partido e criticou os ex-colegas de PSOL:

— Eu já estava fora. Eles queriam um pretexto para me expulsar e agora têm. Acho ótimo. Só espero que o PSOL não continue a pegar carona assinando projetos de lei junto do Picciani e agora, perante a opinião pública, façam isso.

O deputado justificou seu voto dizendo que não viu nas acusações contra os deputados do PMDB provas que caracterizassem o flagrante por crime inafiançável.

— As investigações tem que seguir. O tribunal criou um fato político.