26/07/2015 19h15 - Atualizado em 26/07/2015 19h15

Confira dicas de alimentação para garantir saúde e bronzeado no verão

Nutricionista da UFPA dá dicas de alimentação saudável no verão.
Hidratação e ingestão de alimentos caseiros são fundamentais.

Do G1 PA

outeiro praia grande (Foto: Paula Sampaio/ O Liberal)Segundo nutricionaista, melhor recomendação é levar comida de casa para a praia, devidamente armazenada no isopor. (Foto: Paula Sampaio/ O Liberal)

Nos últimos dias das férias, confira dicas de alimentação que podem ajudar, inclusive, a garantir um bonito bronzeado de verão. A professora Vanessa Lourenço Costa, da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Pará, explica como deve ser a alimentação no período de férias para evitar contaminações e manter-se saudável.

ÁGUA DE COCO NO ARPOADOR: O calor no Rio não tem hora. De dia ou de noite as areias do Arpoador ficam cheias e os quiosques perto do posto 7 oferecem a refrescância da água de coco diante de uma das mais belas paisagens da cidade. (Foto: Alexandre Macieira/Riotur/Divulgação)Água de coco é fonte de sais minerais e refresca
no verão.. (Foto: Riotur/Divulgação)

Hidratação
A primeira dica, e também a mais importante, é a hidratação. Segundo a professora, é recomendada a ingestão de, em média, oito copos de 250 ml de líquido, por dia, seja com água de coco, suco de frutos ou chá. Mas, atenção, exagerar no refrigerante e na cerveja. “Na verdade o refrigerante não é um bom hidratante, por causa da inclusão do gás nesse líquido; e a bebida alcoólica estimula a diurese, ou seja, a pessoa urina mais, principalmente se a bebida for cerveja”, afirma a nutricionista.

Manipulação dos alimentos
“É importante que as pessoas, quando forem à praia, se preocupem em levar o alimento de casa, porque, por exemplo, o suco de fruta preparado fora de casa tem um risco muito grande de contaminação, seja pela manipulação ou pela água com a qual ele é preparado; ou o equipamento com o qual o suco foi feito, que, muitas vezes, não é higienizado adequadamente; também é comum o manipulador desse alimento não higienizar as mãos de maneira adequada”, explica a professora.

Longe da salmonela
“Geralmente, as pessoas recorrem à praticidade dos sanduíches, o que exige atenção redobrada, pois os sanduíches vendidos na praia, por exemplo, costumam ter maionese, o que não é recomendável, e se for maionese caseira é ainda mais preocupante, pois esta é feita com ovo cru, o que tem um risco alto de contaminação por salmonella”, explica Vanessa. De acordo com a professora, a doença salmonelose é veiculada por alimento e é extremamente perigosa. “Mas se for inevitável comer na praia, que a pessoa escolha alimentos bem quentes, preparados na hora, pois esse tipo de comida sempre tem um risco menor.”

A nutricionista alerta que para evitar a contaminação é importante observar o manipulador do alimento. “Se ele é a mesma pessoa que recebe o dinheiro na hora da compra, isso já é motivo o bastante para ficar alerta; se ele não está de toca, avental ou uma roupa limpa; se ele não higieniza as mãos com frequência, tudo isso tem que ser observado, na hora da compra”, diz ela. “Os ambulantes que circulam nas praias não tem nenhum tipo de registro ou vigilância, por isso o risco de contaminação é grande”, explica Vanessa.

Abacaxi é rico em vitamina C (Foto: Cristiano Mazoni/RBS TV)Abacaxi é rico em vitamina C.
(Foto: Cristiano Mazoni/RBS TV)

Hábitos saudáveis
Tangerina e laranja são ótimas opções, além de serem frutas muito abundantes em nossa região. O abacaxi, se colocado dentro de um saco plástico e armazenado dentro de um isopor, fica bem conservado para ser consumido na praia.

Sorvete é outra delícia irresistível no verão. Vanessa Lourenço Costa chama a atenção para picolés que possuem suco de fruta e, por isso, hidratam bastante. O desaconselhável são os picolés de procedência duvidosa, “compre somente quando você souber quem é o fornecedor, saiba se aquele alimento é registrado”.

É muito importante fracionar a alimentação, e fazer as refeições principais (café, almoço e jantar) e dois lanches leves no intervalo das mesmas. Assim, é interessante levar à praia alimentos fáceis de serem transportados e que não se deterioram facilmente, como biscoitos sem recheio e barrinhas de cereais.

Sespa recomenda consumo de frutas amarelas como manga e muruci para garantir suprimento de vitamina A no Pará (Foto: Shirley Penaforte/Amazônia Jornal)Manga é fruto rico em betacaroteno, que contribui para manter o bronzeado no verão. (Foto: Shirley Penaforte/Amazônia Jornal)

Alimentação ajuda no bronzeado
“A cenoura, a manga ou abóbora são excelentes, pois são alimentos ricos em betacaroteno, o que garante um bronzeado bonito e duradouro”, destaca a professora. “O betacaroteno serve de matéria prima para a síntese da vitamina A, que, por sua vez, auxilia na produção da melanina, que é o pigmento que dá cor à pele”, explica.

No caso da vitamina C, ela é um ótimo antioxidante, que ajuda no combate aos radicais livres e protege a pele. “Essa substância pode ser encontrada nas frutas ácidas, como laranja, tangerina e maracujá. Associando fontes de betacaroteno e vitamina C é possível ter um bronzeado muito bom e duradouro”, finaliza.

O que fazer em caso de infecção
É importante lembrar que as doenças causadas por alimentos são sérias. “Não é simplesmente uma dor de barriga. Os principais sintomas são diarreia, vômito, náuseas e, consequente, desidratação”. Dependendo do tipo de micro-organismo que contamina a pessoa, o surgimento dos sintomas varia de três a 24 horas.

Caso a pessoa já tenha sido identificada com uma intoxicação alimentar, a medida mais urgente é procurar um médico ou um posto de saúde para identificar a causa. “Para alguns micro-organismos, não é aconselhável brecar a diarreia”, explica.

“Lembre-se que é muito importante fazer a hidratação sempre, pois o infectado perde muito líquido, e ele precisa repor não só os líquidos como também os sais minerais. A água de coco é indicada por conter o líquido e os sais minerais, como sódio e potássio, que são as principais substâncias perdidas em uma diarreia.”

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