Ufla aparece em ranking de universidades mais sustentáveis do mundo — Foto: Reprodução/EPTV
A estrutura e a gestão ambiental da Universidade Federal de Lavras (Ufla) foram reconhecidas em um ranking que mede ações sustentáveis de centenas de universidades pelo mundo. Das 619 instituições avaliadas, a Ufla aparece na 35ª posição e segunda melhor colocada do Brasil, atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP).
O ranking UI GreenMetric World University Ranking avalia itens como áreas verdes, tratamento de água, transportes no ambiente acadêmico, consumo de energia e gestão de resíduos. Esta é a sexta vez que a universidade aparece na lista e subiu três colocações em relação a 2016.
A maior nota recebida pela instituição do Sul de Minas foi no setor de descarte e reciclagem de lixo. No local, há um trabalho de prevenção na produção de lixo, como a campanha Ufla recicla. O projeto conseguiu evitar o uso de 15 mil copos plásticos por semana no restaurante universitário.
“Na prática, o trabalho com os alunos e funcionários é para ações simples, como redução do consumo de água. Os alunos, quando entram na instituição, recebem canecas plásticas que vão usar durante toda a graduação, para evitar os copos, além de sacolas ecológicas. Então é um trabalho de apoio e conscientização”, explica Leandro Coelho Naves, diretor de meio ambiente da Ufla.
Outro destaque na área de descarte correto é o programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos, que trata resíduos usados nas pesquisas de 200 laboratórios.
Ações sustentáveis são incentivadas em plano ambiental desenvolvido na Ufla — Foto: Samantha Silva/G1
O diretor também destacou nota alta no setor de produção acadêmica voltada para meio ambiente e sustentabilidade. A pontuação de 1030 na área foi a mesma recebida pela primeira colocada geral no ranking, a Universidade de Wageningen, nos Países Baixos.
“É um somatório de áreas específicas e nesta área nós tivemos a mesma pontuação do primeiro lugar. Isso nos deixou muito satisfeitos, mostra que ainda teremos novas ideias por aí”.
As mudanças que fazem parte do plano ambiental da instituição começaram a funcionar em 2008. Com mais de R$ 25 milhões investidos, o projeto prevê rede de tratamento de esgoto, construções ecologicamente corretas, coleta de água da chuva, plantação de mudas, entre outros.
Até este ano, a universidade conseguiu plantar 50 mil mudas de espécies nativas e já trata 80% dos 600 mil litros de água consumidos por dia. A água tratada é reutilizada em consumos de vasos sanitários, irrigação e lavagem de áreas externas.
A posição no ranking do GreenMetric, para o diretor de meio ambiente, ajuda a orientar as próximas ações. “Existem questões para evoluir principalmente com gerenciamento de eletrônicos e resíduo de construção civil, que geralmente esbarram em questões burocráticas. São os nossos próximos pontos redução”.