Por Raquel Morais, G1 DF


Ciclistas passeiam em Brasília debaixo de sol — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O Distrito Federal registrou neste domingo (15) sua maior temperatura da história: 37,3 °C. O pico ocorreu às 15h, na Estação de Águas Emendadas, em Planaltina. A sensação térmica era de 40 °C no momento. O antigo recorde era 36,4 °C, de outubro de 2015.

No mesmo horário, a umidade relativa do ar chegou a 11% no Gama – índice semelhante ao registrado em alguns dos locais mais áridos do mundo, como Wadi Halfa, no Sudão, no deserto do Saara, e Aoulef, na Argélia.

De acordo com a meteorologista Maria das Dores Azevedo, ainda não há previsão de mudanças climáticas. "A explicação para isso é a massa de ar seco e quente que se encontra aqui na região deixando o céu claro com névoa seca, muito sol e calor, além de temperaturas elevadas."

A baixa umidade do ar é considerada preocupante pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pelos efeitos que provoca no organismo – desidratação, mal-estar, dificuldade de respiração, secamento de mucosas. Segundo o órgão, a umidade ideal é de 60%.

Por causa da seca, a Defesa Civil declarou estado de emergência na sexta-feira (13). A orientação é que a população suspenda a prática de atividades físicas e trabalho ao ar livre entre 10h e 17h, aumente a ingestão de líquidos, evite banhos demorados com água quente e muito sabonete, use protetor solar em abundância e umidifique o ambiente com aparelhos e toalhas molhadas.

Neste período, crianças e idosos devem receber atenção especial, pois são os mais afetados pelo clima seco.

Os índices entre 10% e 15% aproximam o DF da umidade registrada no deserto do Saara, na África. Segundo a Defesa Civil, a Organização Mundial de Saúde (OMS) entende como "ideal" uma medição de 60%.

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