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Kim Jong-un proíbe festas com álcool e música, dizem espiões do Sul

Asfixia econômica faz regime controlar ainda mais costumes e informações, segundo Seul
Kim Jong-un observa garrafas em fábrica de bebidas na Coreia do Norte Foto: KCNA
Kim Jong-un observa garrafas em fábrica de bebidas na Coreia do Norte Foto: KCNA

LONDRES - O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, passou a proibir festas com álcool e cantoria à medida que as sanções econômicas contra a Coreia do Norte começaram a asfixiar cada vez mais o país, relataram espiões sul-coreanos.

O Serviço Nacional de Inteligência do Sul (NIS) disse ao Parlamento que Pyongyang estava tentando evitar a dissidência entre seus cidadãos, uma vez que as sanções — impostas após os repetidos testes de mísseis e armas nucleares — começaram a afetar sua economia de maneira mais contundente.

De acordo com a agência Yonhap, o NIS disse aos deputados: "(O Norte) desenvolveu um sistema pelo qual os órgãos do partido relatam as dificuldades econômicas das pessoas em uma base diária e proibiu quaisquer encontros relacionados a beber, cantar e outros tipos de entretenimento, e fortalecendo o controle de informação do que vem de fora do país."

O NIS afirmou que, embora não houvesse nenhum sinal de preparação para um novo teste nuclear por parte do Norte, "prevemos que, dependendo da determinação do líder norte-coreano, um teste nuclear é possível a qualquer momento".

Pyongyang também puniu funcionários superiores de seu politburo geral militar, de acordo com a Yonhap, mas o NIS não esclareceu de que maneira. O burô administra o pessoal que integra órgãos militares-chave do regime.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un Foto: KCNA / AP
O líder norte-coreano, Kim Jong-un Foto: KCNA / AP