A
partir de 2019, os clubes de futebol do Brasil que não tiverem um time
feminino disputando competições nacionais estarão proibidos de disputar a
Copa Libertadores. Esta é uma das principais
exigências do regulamento de licenciamento de clubes da CBF, que foi
apresentado nesta quinta-feira aos clubes.
Tal
exigência já fazia parte do regulamento de clubes da Conmebol. Dos 20
clubes que vão disputar a Série A em 2017, só sete têm times femininos.
O
licenciamento é um conjunto de requisitos que deverão ser cumpridos
pelos clubes interessados em participar de competições da CBF, da
Conmebol e da Fifa.
Além do futebol feminino, há exigências
sobre estrutura (centro de treinamento, estádio),
profissionalização de dirigentes, gestão financeira etc. As punições
para quem não cumprir vão de multa a exclusão de competições - a mais
dura sanção prevista.
- Vocês, clubes, precisam pensar nisso -
alertou Reynaldo Buzzoni, diretor de registro da CBF e responsável pela
implantação do licenciamento no Brasil.
Marco Aurélio Cunha,
diretor de futebol feminino da CBF, defende a exigência de investimento
no futebol feminino. E diz que não há desculpa para os clubes não
montarem times de mulheres.
- Se os dirigente do futebol
masculino não errarem em duas contratações por ano, isso paga um time de
uma comissão técnica de bom nível de futebol feminino. A Fifa vai
exigir isso de todos. Eu reconheço a dificuldade dos clubes, mas com 5%
dos recursos do futebol masculino é possível montar um time feminino.