A capivara costuma ficar as margens do rio, próximo à ciclovia, entre as estações Vila Olímpia e Jaguaré, segundo a ciclista Roberta Godinho, de 47 anos. Ela foi uma das primeiras a denunciar a situação do bicho.

“Essa capivara está na ciclovia há mais de um mês com o pneu agarrado no corpo, aí a gente vem postando, mandando e-mail para os órgãos públicos, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), Secretaria do Meio Ambiente, Prefeitura, Polícia ambiental”, disse Roberta.

A ciclista contou que esse não é o único animal que viu com problemas por causa do lixo. "Lá existem milhões de capivaras machucadas. Só essa semana, fotografei [animais entalados]com câmera de ar, com camisa enfiada", alertou Roberta.

Segundo ela, as respostas dos órgãos oficiais começaram a aparecer depois que as fotos foram postadas em redes sociais. Pelas imagens, dá para ver que o pneu ocasionou um ferimento na capivara.

Questionada sobre quando foi o primeiro contato sobre o resgate do animal, a CPTM, responsável pela área, não respondeu. A companhia disse apenas que “entrou em contato com as secretarias do meio ambiente e de manejo da fauna para solicitar o atendimento à capivara avistada com um pneu enroscado ao corpo”.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, da prefeitura, disse que o primeiro contato à Divisão de Fauna foi feito no dia 15 de setembro. Dois dias depois, a Polícia Militar Ambiental fez a primeira tentativa de resgate, sem sucesso. A secretaria disse que outras quatro tentativas foram feitas, tanto pela PM quanto pela GCM Ambiental, em conjunto com a Divisão de Fauna.

Nestas tentativas foram utilizados dardos tranquilizantes, porém o animal não cedeu com a sedação, o que a Secretaria do Verde disse que é “normal” porque há casos em que o dardo não injeta completamente o anestésico.