Por Gabriel Barreira, G1 Rio


Luiz Carlos Velloso, subsecretário de Turismo do RJ, foi preso na manhã desta terça (14) — Foto: Cristina Boeckel

O subsecretário estadual de Turismo, Luiz Carlos Velloso, preso num desdobramento da Operação Lava Jato na terça-feira (14), foi exonerado do cargo nesta quarta (15). A publicação consta no Diário Oficial. Ele ocupou o mesmo cargo, mas na pasta de Transporte durante o governo de Sérgio Cabral (PMDB).

A operação prendeu também o diretor da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (RioTrilhos), Heitor Lopes de Sousa Junior e investiga corrupção e pagamento de propina em contratos da Linha 4 do metrô.

Lopes e Velloso vão responder por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

As obras da Linha 4 custaram cerca de R$ 10 bilhões e a inauguração foi pouco antes da Olimpíada do Rio. O trajeto liga Ipanema, na Zona Sul, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O valor é cerca de 1.100% a mais do que o previsto em 1998.

A disparidade entre os números causou espanto no juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, autor da decretação da prisão dos dois.

"Chama a atenção o fato de o custo da construção do Metrô ter sido originalmente orçado em R$ 880.079.295,18 em 1998 e ter sido reajustado para R$ 9.643.697.011,65, o que por si só dá conta do enorme volume de dinheiro público que, em tese, teria sido desviado pelos agentes públicos investigados a partir da referida obra", escreve o magistrado.

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